ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Pós-graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Fisiologia vegetal |
Setor |
Departamento de Biologia Vegetal |
Bolsa |
CAPES |
Conclusão de bolsa |
Não |
Apoio financeiro |
CAPES, FUNARBE |
Primeiro autor |
Franciele Santos Oliveira |
Orientador |
WAGNER LUIZ ARAUJO |
Outros membros |
Alice Carvalho de Oliveira, Auxiliadora Oliveira Martins, Thais Camargos da Silva, Willian Batista Silva |
Título |
Alterações fisiológicas em clones de eucalipto submetidos a ciclos de alagamento e secagem |
Resumo |
A Seca de Ponteiros de Eucalipto do Vale do Rio Doce (SPEVRD) é uma anomalia observada em campo e foi primeiramente constatada em plantios comerciais na região do Vale do Rio Doce. Essa região apresenta altitude entre 200 a 350 m, temperaturas médias em torno de 23 ºC e solos do tipo Cambissolos e Neossolos Flúvicos onde problemas de drenagem por determinados períodos do ano são recorrentes. Os sintomas observados no campo são caracterizados por perda na dominância apical, lesões nos ramos e nas folhas, murcha e queda das folhas, encarquilhamento e trincamento da casca. Esses efeitos são evidenciados após o período chuvoso e as plantas tem seu crescimento retomado no final do período seco. A má drenagem do solo gera um acúmulo de água e com isso reduz a concentração do oxigênio levando a alterações no processo fotossintético. Outro fator associado a essa anomalia é o período de seca podendo afetar a fotossíntese, condutância estomática e transpiração. Tendo em vista as observações de campo e estudos prévios sobre SPEVRD nosso trabalho objetivou avaliar as alterações fisiológicas em clones de eucalipto submetidos ao alagamento e secagem, uma vez que a ocorrência desse distúrbio envolve esses dois fatores abióticos. Para tanto, utilizou-se 2 clones, um tolerante e um sensível à SPEVRD com base em fenotipagem de campo. As plantas foram aclimatadas por 2 meses em casa de vegetação e após esse processo submetidas a 10 dias de alagamento, seguido por períodos de recuperação do alagamento, deficiência hídrica e recuperação dessa deficiência. As trocas gasosas foram avaliadas a cada dois dias sendo esse parâmetro utilizado como indicador de recuperação. De posse dos dados observou-se que antes dos estresses as plantas apresentavam taxas fotossintéticas (A) similares e à medida que o alagamento foi se estendendo notou-se uma queda na fotossíntese, que não foi seguida por quedas na condutância estomática (gs), podendo-se inferir que essa queda de A não é em decorrência de limitação difusiva. Após a recuperação e a submissão à seca a observou-se que o clone tolerante apresenta quedas em A e gs mais pronunciada que o clone sensível. Notou-se também que após 2 dias há uma recuperação rápida desses clones sob reidratação. Reduções na transpiração (E) e razão concentração interna e externa de CO2 (Ci/Ca) foram mais pronunciadas durante a seca, onde evidenciou-se uma queda brusca desses dois parâmetros sendo o clone tolerante o primeiro a reduzi-los. Em relação à taxa de transporte de elétrons (ETR) não se observaram quedas drásticas, indicando bom funcionamento do aparato fotossintético. Tomados em conjunto, os resultados obtidos indicam que durante o período de alagamento não foi possível observar respostas fisiológicas que conferem tolerância diferencial a esses clones e que sob seca o clone tolerante à SPEVRD apresenta respostas de quiescência, que parecem ser importantes para suportar essa anomalia em condições de campo. |
Palavras-chave |
Trocas gasosas, alagamento, déficit hídrico |
Forma de apresentação..... |
Painel |