Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6833

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor João Marcus Lima de Matos
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros Isabella Vieira Santana, João Victor Canazart Rodrigues, Oscar Fernando Santos Amaya
Título Busca do mecanismo de resistência ao milho Bt
Resumo O milho geneticamente modificado que expressa a toxina Cry1F de Bacillus thuringiensis (Bt) foi aprovado no ano 2009 para comercialização no Brasil visando um melhor controle para a lagarta do cartucho Spodoptera frugiperda considerada a sua principal praga chave. Contudo, semelhante ao ocorrido com alguns inseticidas sintéticos usados para seu controle, populações desta espécie desenvolveram resistência à toxina Cry1Fa expressa em plantas do milho transgênico. Aspectos técnico-científicas importantes para manejo da resistência é conhecer se a resistência da lagarta-do-cartucho a Cry1F afeta sua susceptibilidade a outras toxinas de Bt usadas em plantas transgênicas ou com potencial para tal e também aprofundar na busca das bases bioquímico-moleculares da resistência. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar a existência de resistência cruzada entre Cry1F e outras toxinas de B. thuringiensis atualmente produzidas em plantas de milho Bt. Para os experimentos foram usadas duas populações de S. frugiperda, uma resistente a Cry1F (MTH) e outra suscetível (lab), a qual tem sido mantida em laboratório sem exposição a inseticidas por mais de dez anos. A resistência cruzada foi determinada mediante a avaliação da sobrevivência larval das populações (resistente e suscetível) em quatro híbridos de milho Bt e três não-Bt. O experimento foi montado em um delineamento inteiramente casualizado com 16 repetições por tratamento. Os dados de sobrevivência larval foram analisados mediante aplicação de análise de variância (ANOVA) e as médias foram separadas usando o teste Tukey a 5% de probabilidade. A sobrevivência larval entre os diferentes híbridos mostrou que a resistência a Cry1F não diminui a suscetibilidade das lagartas às toxinas Vip3A e Cry2Ab, produzidas em outros eventos de milho Bt. Contudo, a seleção a resistência a Cry1F diminuiu a suscetibilidade a Cry1Ab, indicando que existe resistência cruzada entre essas toxinas. Desta forma, os resultados apontam uma limitação no uso simultâneo de cultivares Bt que produzem as toxinas Cry1F e Cry1Ab para manejo de S. frugiperda.
Palavras-chave Spodoptera frugiperda, Bacillus thuringiensis, Manejo de resistência
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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