Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6832

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Krisna Mello da Silva
Orientador MARILIA FERNANDES MACIEL GOMES
Outros membros ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA, Lívia Quinquiolo
Título O DESENVOLVIMENTO RURAL NO VALE DO ARAGUAIA: o entrelaçamento entre os projetos governamentais e as trajetórias de vida de grupos de diferentes etnias e origens.
Resumo O Vale do Araguaia, também conhecido como "Araguaia Xingu" ou "Vale dos Esquecidos", está situado no estado do Mato Grosso, região centro-oeste brasileira, sendo composto por vinte e cinco municípios, subdivididos em três regiões, sendo elas: Alto, Médio e Baixo Araguaia. Inicialmente, o Araguaia Xingu era constituído por uma população majoritariamente indígena (Xavantes, Kayapós, Suyás, Tupis, Carajás) e a partir de meados dos anos 40 o Vale do Araguaia passa a ser “ocupado” por migrantes de todas regiões brasileiras (nordestinos/nortistas, sulistas, paulistas/mineiros/goianos). O fenômeno da migração contribuiu para a reconfiguração de um “novo” território do Vale do Araguaia composto por grupos migrantes com identidades e culturas regionais. A região é conhecida por seu potencial econômico voltado para a agropecuária destacando-se pela alta produção de commodities de grãos, em especial a soja, e a pecuária extensiva. Parte da população do Araguaia concentra-se nas cidades com maiores índices econômico e de desenvolvimento, sendo elas: Barra do Garças, Agua Boa, Nova Xavantina, Canarana, Confresa e Vila Rica. Mesmo desempenhando um forte papel econômico a região apresenta problemas socioeconômicos como a alta concentração de renda e fundiária, índices de desenvolvimento desiguais entre as sub-regiões e intensos conflitos agrários entre indígenas, posseiros e fazendeiros. A presente pesquisa teve como objetivo compreender o processo de formação do território do Vale do Araguaia em meio ao entrelaçamento das políticas governamentais para ele direcionadas, a partir da década de 60, com a trajetória de vida dos migrantes que para lá afluíram e os grupos indígenas lá existentes. E como objetivos específicos: analisar as relações estabelecidas entre os diferentes grupos sociais presentes no território do Araguaia, desde a década de 60 até os dias atuais; e compreender o papel dos diferentes grupos sociais existentes no Território do Araguaia no seu processo de desenvolvimento socioeconômico. Tratou-se de um trabalho descritivo e explicativo que utilizou uma abordagem quali/quanti dos dados coletados com o intuito de aprofundar as análises a serem feitas. Através de fontes secundárias obteve-se dados socioeconômicos da região, que contribuíram para a caracterização e detalhamento da mesma, e posteriormente na delimitação da população e amostra a serem escolhidas para compor uma pesquisa mais ampla. O projeto realizado integrou a pesquisa inserida no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural realizada pela mestranda Lívia Quinquiolo, portanto, os dados obtidos foram utilizados como aporte para a pesquisa de mestrado. Com os dados obtidos verificou-se que nas regiões onde houve grande concentração de migrantes sulistas, paulistas e goianos (Alto e Médio Araguaia) apresentaram os maiores índices de desenvolvimento, em contrapartida as regiões onde se concentrou a população nortista e nordestina (Baixo Araguaia) apresentaram baixos índices econômicos.
Palavras-chave Vale do Araguaia, Território de Identidade, Desenvolvimento Rural
Forma de apresentação..... Painel
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