Resumo |
A aboboreira (Cucurbita Moschata Duch.), olerícula pertencente à família Cucurbitácea, tem uma grande importância socioeconômica, em especial na alimentação humana. O Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa, (BGH-UFV), detém cerca de 350 acessos de C. Moschata, os quais apresentam ampla variabilidade genética. Embora constituam um recurso genético estratégico para o melhoramento da cultura, parte significativa destes acessos ainda não foram caracterizados. Esta caracterização é fundamental nos programas de melhoramento com vistas à identificação de acessos promissores e determinação da diversidade genética entre esses. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo a caracterização de acessos de C. Moschata do (BGH-UFV) quanto aos descritores de produção. O experimento foi conduzido na Unidade Experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, “Horta Velha” (200 45’14’’ S, 420 52’53’’ W e 648,74 m), no período de janeiro a abril de 2016. Foram avaliados 52 acessos de C. Moschata do (BGH-UFV), e três genótipos como testemunhas; o híbrido Tetsukabuto, e as cultivares Jacarezinho e Maranhão. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos aumentados Federer (1956), com três repetições, sendo cada parcela constituída por três plantas úteis. Os genótipos foram avaliados quanto ao número total de frutos por planta (NTFPP), número de frutos comerciais por planta (NFCPP), peso médio dos frutos (PMF) e produtividade (P). Os dados foram submetidos à análise de variância (Anova). Para os descritores com diferença significativa entre os genótipos foi realizado o teste de agrupamento de médias Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Observou-se diferença significativa entre os genótipos em relação ao peso médio de frutos. Ao analisar o agrupamento de médias verificou-se que o acesso BGH-4681 apresentou o maior peso médio de frutos (7,95 kg), seguido do acesso BGH-5224 (6,24 kg), os quais apresentaram médias superiores a cultivar de maior média, Maranhão, (3,19 kg). Acessos com maior peso médio de frutos são promissores para programas de melhoramento, pois podem possibilitar aumento da produtividade de frutos. Os demais acessos não obtiveram o mesmo desempenho sendo agrupados em inúmeros outros grupos, fato que pode estar associado a suas não adaptação ao local, bem como ao menor potencial genético destes. Verificou-se existência de variabilidade genética para o peso médio de frutos entre os acessos de abóbora, o que possibilita a seleção de genitores promissores para os programas de melhoramento dessa cultura. |