Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6811

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Allan de Amorim dos Santos
Orientador JORGE LUIZ COLODETTE
Outros membros Fernando José Borges Gomes, Renato Augusto Pereira Damásio
Título Caracterização de nanoceluloses.
Resumo A nanotecnologia surgiu no contexto mundial há algum tempo e com isso inovações, materiais e produtos de características únicas vêm despertando os interesses industriais e acadêmicos. Nesse contexto, a busca por materiais como biopolímeros tem motivado estudos de aplicações tecnológicas. A obtenção de celulose nanocristalina (CNC) e nanofibrilar (CNF) e suas aplicações em materiais compósitos tem despertado a atenção de pesquisadores e indústrias de base por apresentar-se como material com alta resistência e rigidez, aliado ao fato do baixo peso e grande disponibilidade no meio ambiente. Sendo assim o objetivo desse trabalho foi o de conhecer a estrutura física, química e morfológica da CNF e CNC produzidas em uma planta piloto industrial, a qual é uma etapa primordial para se avaliar no futuro uma possível aplicação para as mesmas. Para isso, foi realizada a caracterização do ponto de vista químico, físico e morfológico realizando-se a análise elementar, teor de carboidratos, teor de metais, imagens microscópicas eletrônicas e de força atômica, análises de raio x, FTIR, termogravimétrica, potencial zeta e de biodegradação por fungo. Os resultados obtidos nesse trabalho mostraram que a CNF apresentou altos teores de inorgânicos e de xilanas. A CNC apresentou 0,9 % de grupo sulfato e alto potencial zeta (-56,96 mV). As micrografias eletrônicas e de força atômica mostraram um formato cilíndrico para a CNC, com 85,5 nm de comprimento e 10,3 nm de largura. No caso da CNF foi determinado um formato alongado com comprimento maior que 1μm e 4,7 nm de largura. O perfil 3D das nanoceluloses indicou que a CNC são pequenos bastonetes com cristalinidade de aproximadamente 96 % e a CNF são tubos alongados de largura 4,7 nm e cristalinidade de cerca de 80%. As CNC e CNF apresentaram temperaturas de degradação térmica de 375 e 353 °C, respectivamente. Houve maior perda de massa na faixa de 300 a 400 °C para a CNC e na faixa de 200 a 300 °C para a CNF. O FTIR mostrou espectros característicos de materiais derivados de polímeros celulósicos para CNC e CNF, com destaque para os picos de 1.205 cm-1, que apresentou vibrações de ligações de compostos sulfatados (S=O) presentes em CNC. Para a CNF, a banda característica em 1.608 cm-1 indicou vibrações de ligações de ácidos carboxílicos. Para os dois tipos de nanoceluloses, a degradação pelo fungo do gênero Pleurotus spp. não revelou potencial tóxico.
Palavras-chave Celulose nanofibrilar, Celulose nanocristalina, Madeira.
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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