Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6787

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Alessandra da Silva
Orientador JOSE HUMBERTO DE QUEIROZ
Outros membros Carlos Mário Martins Silveira, Isabela Queiroz Perígolo Lopes, Natalia Medina Ramirez, Silvia Torres Teixeira
Título Caracterização química, avaliação da capacidade antioxidante e influência do Kefir de água em parâmetros bioquímicos de ratos alimentados com dieta de cafeteria.
Resumo Caracterização química, avaliação da capacidade antioxidante e influência do Kefir de água em parâmetros bioquímicos de ratos alimentados com dieta de cafeteria.

O Kefir de água é uma bebida fermentada, levemente ácida e alcoólica, produzida pelo acréscimo de grãos de Kefir em solução de sacarose. Estes grãos são compostos por bactérias lácticas, acéticas e leveduras, os quais contém microrganismos com ação probiótica. O objetivo deste estudo foi determinar a composição química do Kefir de água, avaliar suas propriedades antioxidantes e o seu efeito nos parâmetros bioquímicos séricos em ratos adultos alimentados com dieta de cafeteria. Para o preparo da bebida fermentada foram utilizadas 5g de açúcar mascavo para cada 10 g de grãos de Kefir, diluídos em água destilada e incubados a 28ºC durante 24 horas. Na bebida foram determinados os teores de proteínas, lipídeos, carboidratos, cinzas e umidade. Ácidos orgânicos, açúcares e etanol foram quantificados por Cromatografia Líquida de Alta Resistência (HPLC), a capacidade antioxidante por DPPH. No ensaio biológico foram usados 60 animais sendo divididos em 6 grupos (n=10): G1, dieta comercial; G2, dieta comercial + 1 mL de kefir; G3, dieta de cafeteria; G4, dieta de cafeteria + 1 mL de kefir; G5, dieta de cafeteria no rato obeso + 1 mL de kefir e G6, dieta de cafeteria no rato obeso + 2 mL de kefir. O experimento teve uma duração de 15 semanas. Ao final do experimento, os animais foram anestesiados e eutanasiados por punção cardíaca, sendo coletado o soro sanguíneo e o fígado. Foram analisados os parâmetros bioquímicos séricos por meio de kits específicos (BIOCLIN) e determinada a atividade da superóxido dismutase (SOD) pela auto-oxidação do pirogalol, no figado. Para análise estatística foi utilizado o teste t de student e ANOVA seguida pelo teste Tukey, usando o software SPSS v.20.0 (p < 0,05). O kefir de água apresentou, 0,86% de proteínas, 0,09% de lipídeos, pH de 3,33, e o ácido oxálico apresentou maior concentração (5,52g/L). A bebida também apresentou 50% de potencial antioxidante (pelo teste do DPPH). Os valores de SOD (U SOD/mg de proteína) não apresentaram diferença entre os grupos. Nos dados bioquímicos, o G1 apresentou menor concentração sérica de HDL-c (18 mg/dl) e maior de LDL-c (44,22 mg/dl) quando comparados aos grupos G3, G4, G5 e G6 e o colesterol total foi menor no G4 (58,30 mg/dl) em relação ao G1 (72,90 mg/dl). As concentrações de frutosamina (mol/L) foram menores em G1 (176,67) e G5 (175,44) quando comparadas ao G4 (201,33) e G6 (194,5). A creatinina (g/mL) foi maior no G3 (0,42) em relação ao G1 (0,35) e menor no G3 (0,42) em relação aos grupos G5 (0,39) e G6 (0,40). O kefir de água apresentou capacidade antioxidante in vitro e nenhum efeito sobre a SOD nos animais alimentados com dieta de cafeteria. Os efeitos nos parâmetros bioquímicos variaram conforme o tempo de tratamento e a dose de kefir administrada.
Palavras-chave probióticos, obesidade, bebida fermentada
Forma de apresentação..... Painel
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