Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6784

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Natália Benevenuto Lopes
Orientador PEDRO SEYFERTH RIBEIRO ROMANO
Título Osteologia e morfometria do esqueleto de Mesoclemmys hogei (Mertens, 1967) (Testudines, Pleurodira, Chelidae)
Resumo Considerada uma espécie criticamente ameaçada de extinção, Mesoclemmys hogei (Mertens, 1967) é um cágado encontrado em algumas regiões do sudeste brasileiro. Por se tratar de uma espécie rara e com pouco material depositado em coleções zoológicas, pouco se conhece acerca da osteologia da espécie. Levando em consideração este escasso conhecimento e a sistemática incerta da espécie, objetivou-se descrever qualitativa e quantitativamente (morfometria) os ossos que compõe o esqueleto de M. hogei e comparar as variações encontradas com outras 5 espécies de Chelidae: Mesoclemmys tuberculata (Luederwaldt, 1926); Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812); Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820); Platemys platycephala (Schneider, 1792) e Acanthochelys radiolata (Mikan, 1820), com ênfase nos caracteres de interesse taxonômico, sistemático e ecológico. Para tal, utilizou-se um total de 14 exemplares. Com base na descrição osteológica, foram determinados 22 caracteres morfométricos cranianos (medidas lineares) de 11 crânios das espécies em estudo. As medidas aferidas foram sumarizadas em uma matriz e o conjunto de caracteres foi analisado através de uma Análise de Componentes Principais (PCA) e regressões multivariadas com os dados logaritmizados para gerar um modelo linear. M. hogei apresenta, como outros Chelidae, crânio relativamente achatado com proeminente entalhe da bochecha. No entanto há detalhes da morfologia que se distinguem: (1) contato dos nasais restrito à extremidade anterior devido à acentuada expansão anterior dos frontais; (2) expansão médio-lateral na expansão dos frontais; (3) entalhe mediano do parietal na região de maior curvatura do mesmo; (4) basisfenoide apresentando expansão anterior curta; (5) processo troquelar pterigoide bastante desenvolvido em comparação com outros Chelidae. O PC1 reteve 90,52% da variância e o PC2 2,96%. Pode-se observar uma estruturação de dois grupos no eixo do PC1: cágados de pescoço longo e curto, com os espécimes de M. hogei projetados entre os exemplares das espécies de pescoço curto. As regressões lineares com os dados logaritmizados permitiram determinar o tipo de alometria com base nas medidas de comprimento e largura e também apresentaram padrão semelhante ao estruturado no PCA, com exceção de H. maximiliani. Assim, sugere-se que o alongamento do pescoço é acompanhado de especializações cranianas. Em ambas as análises M. hogei apresentou mais semelhança à P. geoffroanus do que à espécie cogenérica M. tuberculata. Conclui-se que tanto variações ecológicas associadas ao hábito de vida, como diferenças evolutivas (taxonômicas) geram padrões de variação na morfologia craniana de Chelidae brasileiros.
Palavras-chave Mesoclemmys hogei, osteologia, morfometria
Forma de apresentação..... Painel
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