Resumo |
Introdução: O Brasil é um país de clima variado, com predominância dos quentes e úmidos. Devido a esse fato, grande quantidade de insetos se estabelece em nosso território, como é o caso dos mosquitos do gênero Aedes. O Aedes aegypti no Brasil, é a espécie que merece maior atenção, pois são causadores de doenças em que podemos destacar a Dengue, Chikungunya e Zika. Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, podendo dificultar o diagnóstico. Objetivo: Analisar a evolução da incidência das doenças supracitadas no município de Ubá/MG, comparando-as com o Estado de Minas Gerais e Brasil.Metodologia: Estudo descritivo de série temporal, realizado com dados secundários, obtidos através de boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, relativos à ocorrência de Dengue, Chikungunya e Zika no período de 2014-2016.Resultados:Em relação à Dengue, foram confirmados 23 casos em Ubá do ano de 2014, 714 casos em 2015 e até 15 de março de 2016 já foram confirmados 357 casos. No âmbito estadual foram registrados 30.756 casos em 2014 e 60.838 em 2015,e até a 16ª Semana Epidemiológica (SE)de 2016 foram contabilizadas 19.769 ocorrências. No Brasil, foram confirmados 745.957 e 223.227 casos nos anos 2014 e 2015, respectivamente.Observou-se que até a 16ª SE de 2016 foram registrados 1.054.127 casos prováveis de Dengue. Em se tratando da Chikungunya em 2014 e 2015 não houve registros em Ubá, já em 2016 houve 30 notificações, com 3 casos confirmados. Em Minas Gerais, não foi identificado nenhum caso no ano de 2014, mas nos anos seguintes, foram registados 7 casos em 2015 e 513 em 2016 (até a 16ªSE); em 2014, foram diagnosticados no Brasil 2.258 casos de infecção pelo vírus Chikungunya, em 2015 foram 38.332 casos e até a 16ªSE de 2016 foram registradas 39.017 suspeitas. Em relação ao Zika nos anos 2014 e 2015, não houve registros de casos notificados da doença em relação a Ubá e Minas Gerais; em 2016 foram confirmados 1 caso em Ubá, 789 em Minas Gerais e 165.932 casos no Brasil(até a 23ª SE). Conclusões: O aumento da ocorrência das arbovirores retrata uma tríplice epidemia, tornando de extrema importância o fomento de políticas públicas a fim de conscientizar a população de forma geral sobre os riscos, sintomas e formas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. Adicionalmente, urge o aprimoramento da atenção primária na saúde, visto que é a maior fornecedora de dados epidemiológicos, mostrando-se ainda precários acerca do Zika. |