Resumo |
INTRODUÇÃO: Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é qualquer alteração no nível de tolerância a carboidratos, culminando em hiperglicemia de gravidade variável, com primeiro reconhecimento durante a gestação. DMG é uma das intercorrências mais frequentes, podendo resultar no surgimento do diabetes mellitus tipo 2 ao longo da vida da mulher. Estima-se que 7% de todas as gestações sejam complicadas pelo diabetes, podendo variar de 1% a 14% dependendo da população estudada e dos testes diagnósticos empregados. Para o correto rastreio e diagnóstico precoce, bem como tratamento eficaz desse agravo é necessário oferecer uma assistência pré-natal de qualidade, minimizando as possíveis sequelas para mãe e o concepto ou até mesmo o óbito. Visto que a qualidade do pré-natal está relacionada a qualidade do atendimento do profissional, quais cuidados devem ser prestados pelos profissionais pré-natalistas, a fim de reduzir o impacto das possíveis intercorrências gestacionais causadas pelo DMG? OBJETIVO: Destacar na literatura científica, as importantes ações da assistência prestada pelos profissionais pré-natalistas, que contribuirão para minimizar os riscos e complicações do DMG. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura em que foram utilizados artigos científicos da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) publicados no período de 2012-2016, selecionados pelos descritores “enfermagem”, “diabetes gestacional” e “assistência pré-natal”. Foram incluídos 2 artigos em português e 1 artigo em inglês para a confecção deste trabalho. RESULTADOS: Há evidências de que os cuidados devem iniciar desde a primeira consulta de pré-natal até seis semanas após o parto, sendo obrigatório o rastreamento para a detecção da doença em questão. O rastreamento inicia-se na primeira consulta com exames laboratoriais de glicemia em jejum, continua entre a 24ª e 28ª semana de gestação com o Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) para as gestantes com fatores de riscos, e se finaliza com nova solicitação de glicemia em jejum no último trimestre gestacional. Os profissionais devem realizar avaliações frequentes, para identificar qualquer alteração e orientar as gestantes sobre sua dieta nutricional. Após o diagnóstico as gestantes devem ser incluídas no protocolo de tratamento para prevenção de desfechos perinatais e maternos adversos, evitando complicações, evidenciadas principalmente pelo diagnóstico tardio do DMG. O tratamento do DMG melhora o prognóstico da gestação, do período perinatal e reduz as taxas das complicações perinatais, tendo como objetivo o controle glicêmico. CONCLUSÃO: O acompanhamento pré-natal é indispensável e destaca-se pela importância na prevenção de morbidades, inclusive o DMG. Cabe aos profissionais pré-natalistas uma série de ações que vão desde orientação sobre medidas preventivas até incentivo a adesão ao tratamento, objetivando evitar prejuízos que possam acometer o binômio mãe-feto e proporcionar o nascimento de um bebê saudável. |