Resumo |
INTRODUÇÃO: A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), no qual sua transmissão ocorre por via sexual ou vertical, da gestante para o feto. Segundo a OMS, cerca de 2 milhões de gestantes são infectadas pela sífilis a cada ano. Em 2013, foram registrados no SINAN 21.382 casos de sífilis em gestantes no Brasil. É importante ressaltar que a doença inadequadamente ou não tratada pode ser transmitida ao concepto, levando a resultados adversos como: abortamento, parto pré-termo, morte fetal ou neonatal, prematuridade, baixo peso ao nascer ou infecção congênita. Os profissionais pré-natalistas devem estar aptos a reconhecer e diagnosticar a doença, além de monitorar a resposta ao tratamento. Entendendo que em torno de 85% dos pré-natais são de risco habitual e por isso são realizados no contexto da APS, qual a importância dela no manejo da sífilis durante a gestação? OBJETIVO: Avaliar a literatura científica sobre a importância da APS no manejo da Sífilis Gestacional. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura em que utilizou-se o Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde e artigos científicos colhidos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), selecionados a partir dos descritores sífilis, gestação e pré-natal, publicados no período de 2011-2016,no idioma português. Dos 69 artigos encontrados, foram selecionados 3 para confecção deste trabalho por meio da leitura dos títulos, resumos e trabalhos na íntegra. RESULTADOS: A APS é a principal porta de entrada para os serviços de saúde, sendo importante ter profissionais bem capacitados. Essa parte da rede precisa dispor de atividades de educação em saúde que abordem e incentivem as diversas formas de prevenção da doença e de outras IST. No período gravídico, torna-se prioridade na APS, realizar o diagnóstico ainda no primeiro trimestre, preferencialmente, para dar início imediato ao tratamento das gestantes e seus parceiros. Para isso, os testes diagnósticos devem ser oferecidos para todas as gestantes, durante os três trimestres de gestação. Evidências demonstram que os casos de Sífilis Gestacional muitas vezes não são diagnosticados, ou são tardiamente, o que expõe 50% das mães e crianças às possíveis consequências relacionadas. O maior desafio tem sido a implementação de ações reforçando a necessidade de mudanças na prática diária, visando previr agravos e promover a saúde. Se faz necessário também capacitar os profissionais para estimular estratégias inovadoras, visando à captação precoce das gestantes na assistência pré-natal; garantindo o diagnóstico da doença no menor prazo possível, permitindo o tratamento hábil, bem como o manejo clínico adequado. CONCLUSÃO: Conclui-se que os profissionais da APS possuem importantes atribuições no controle da sífilis na gestação. Porém, a capacitação deles é fundamental para a realização de uma assistência adequada e de qualidade, almejando a redução da incidência e prevalência desse agravo. |