Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6748

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Sarah Fontes Reis
Orientador TARCIZIO ANTONIO REGO DE PAULA
Outros membros Fernanda de Fátima Rodrigues da Silva, Gabriele Rocha Santana, Letícia Bergo Coelho Ferreira, Milene de Paula Figueira
Título Condicionamento operante como facilitador de manejo de jaguatiricas (Leopardus pardalis) em cativeiro
Resumo Introdução: Jaguatiricas (Leopardus pardalis) são felinos de médio porte com massa corporal variando entre 7 e 16 kg. A maioria dos felinos silvestres são ariscos à presença humana dificultando o manejo e cuidados em cativeiro. No Centro de Pesquisa com Animais Silvestres (CEPAS-UFV) encontram-se duas jaguatiricas senis com idades aproximadas de 10 e 13 anos. Características próprias do envelhecimento, como o sedentarismo e a diminuição da mobilidade esquelética, são inevitáveis e podem muitas vezes estar associadas umas com as outras. Os felinos apresentam o comportamento natural de se lamberem. Esse comportamento auxilia na retirada de sujidades, pelos e ectoparasitas. Ambas as jaguatiricas do CEPAS-UFV apresentam uma diminuição deste comportamento natural, o que pode acarretar em dermatites, feridas e infestação de ectoparasitas. A técnica de condicionamento operante busca a formação de um determinado comportamento do animal através de um reforço positivo. O reforço positivo é uma recompensa que quando acrescentada à situação aumenta a probabilidade da ocorrência da resposta. O condicionamento dos animais é feito com base nas necessidades e objetivos de um procedimento, auxiliando assim o manejo e os exames veterinários e diminuindo o estresse do animal. A técnica se divide em duas fases: fase de dessensibilização e fase de formação e/ou extinção de determinado comportamento. Este trabalho relata a fase de dessensibilização e o início da fase de formação do comportamento nas jaguatiricas. O objetivo é escovar as jaguatiricas com uma escova presa a um longo bastão, visando à higienização e proporcionando qualidade de vida aos animais senis mantidos em cativeiro. Metodologia: Utilizou-se a técnica de condicionamento operante com reforço positivo (pequenos pedaços de fígado suíno cru). O condicionamento era realizado cinco vezes por semana, com sessões de 30 minutos por animal. As jaguatiricas foram dessensibilizadas à voz da treinadora e incentivadas a se aproximarem da grade do recinto onde se instalou a escova. Palavras de comando como “calma”, “escova” e o nome dos animais eram utilizados para o condicionamento. Sempre que os animais se aproximavam e deixavam ser tocados pela escova recebiam um pedaço de fígado suíno. Resultados: Após seis semanas de condicionamento foi possível observar a aproximação dos animais e a tolerância ao toque da escova. Conclusão: Espera-se que com o avanço das sessões as jaguatiricas aceitem o ato da escovação, auxiliando assim a higienização das mesmas, para que não haja necessidade de contenção (que é muito estressante para o animal). Visto o resultado alcançado com seis semanas de condicionamento, nossos objetivos são palpáveis e as técnicas utilizadas são efetivas em sua maioria.
Palavras-chave Condicionamento, Jaguatirica, Manejo
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,70 segundos.