Resumo |
Introdução: Pessoas com deficiência tem direito garantido por lei à educação, sendo a escola responsável por promover o ingresso e permanência do aluno com deficiência no sistema de ensino, fornecendo uma educação de qualidade. Entretanto, há a necessidade de mudanças arquitetônicas, pedagógicas e atitudinais dos agentes que a compõe, especialmente dos professores que disseminam o conhecimento e formam cidadãos. As atitudes que expressam o ponto de vista desses profissionais a respeito da inclusão escolar podem ser conhecidas através de produções acadêmicas que refletem as suas falas. Esses trabalhos utilizam-se de bases teóricas a priori para aprofundamento, construção e reflexão dos discursos, por meio do qual é possível compreender os principais conceitos, autores e desafios encontrados em cada contexto histórico. Com isso, percebe-se a relevância em analisar e refletir a fundamentação teórica utilizada em cada estudo. Objetivos: Analisar o ano dos referenciais teóricos de artigos nacionais que tratem da visão dos professores do ensino básico no processo de inclusão escolar de alunos com deficiência. Metodologia: Esta pesquisa bibliográfica trata-se de revisão da literatura de artigos indexados nas bases de dados Scielo, Web of Science, Eric, Scopus, Doaj e Redalyc entre os anos de 2005 e 2015. Os levantamentos bibliográficos realizados por duplo-cego, foram feitos por meio da combinação das palavras-chave “deficiência and escola” e “deficiência and inclusão escolar”. Primeiramente selecionou-se todos os estudos de idioma português (BR) que tratassem do contexto escolar brasileiro e discutissem a inclusão escolar, encontrando ao final 148 artigos. Em seguida foram excluídos da análise os seguintes artigos: de revisão; que não tratavam da visão do professor; que não tinham relação com ensino básico; sobre inclusão social e os artigos repetidos. Para a análise final do referencial teórico 17 artigos foram selecionados. Resultados: Tal análise permitiu a identificação dos anos, em décadas, das publicações utilizadas no referencial teórico dos artigos revisados: 6 (2,9%) entre 1970 e 1979, 15 (7,2%) entre 1980 e 1989, 70 (33,5%) de 1990 a 1999, 102 (48,8%) de 2000 a 2009, e 16 (7,7%) de 2010 a 2013. Conclusões: Após análise foi possível observar que os discursos adotados nessa seara ainda representam uma ressonância das publicações do século passado, primordialmente entre a década de 90 e 2000, o que pode remeter a uma estagnação da produção, discussão e reflexões da área de estudo. Observa-se que apenas 7,7% dos trabalhos utilizaram referência dos últimos 10 anos, sendo o ano de 2013 a referência mais atual. Com isso este estudo estima incentivar novas pesquisas que venham discutir o diagnóstico encontrado, pois, mesmo com a inserção de políticas públicas observa-se que a academia manteve-se em processo decrescente desde 2009 seja na produção de novas iniciativas, discussões e trabalhos, seja na divulgação e acesso destes. |