Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6732

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Emily de Souza Ferreira
Orientador ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Outros membros Luciana Saraiva da Silva, Luiza Delazari Borges
Título Prevalência de doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial cadastrados na atenção primária à saúde
Resumo Introdução: a Doença Renal Crônica (DRC) é um grave problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, 10 milhões de indivíduos apresentam algum grau de alteração renal e mais de um milhão de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a DRC terminal. Idosos, obesos, portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou diabetes mellitus (DM), são os grupos mais propensos a problemas renais. Destaca-se que a DRC cursa de forma silenciosa e sua evolução depende da qualidade do atendimento ofertado muito antes da falência renal. Neste contexto, os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) têm importante papel no diagnóstico precoce, acompanhamento e encaminhamento dos pacientes a especialistas, quando necessário. Objetivo: avaliar a prevalência da DRC em portadores de HAS cadastrados na APS do município de Porto Firme, Minas Gerais. Metodologia: estudo transversal com os portadores de HAS acompanhados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Porto Firme, Minas Gerais. Participaram do estudo 293 indivíduos, correspondendo a 42% dos portadores de HAS do município. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas, avaliações clínica (valores de pressão arterial sistólica e diastólica), antropométrica (peso, estatura, circunferência da cintura e índice de massa corporal) e bioquímica (creatinina sérica e relação albumina/creatinina urinária). Para a identificação da ocorrência de DRC, utilizou-se a fórmula CKD-EPI. Considerou-se portador de DRC os indivíduos com TFG < que 60 mL/min/1,73m². Resultados: a maioria dos indivíduos avaliados (n=293) era do sexo feminino (74%), idosos (69%), com baixa renda (90%), baixa escolaridade (84%) e com excesso de peso (66,9%). Encontrou-se prevalência de DRC de 38,6% (IC 95%: 33,0 – 44,2), sendo 33,1%; 4,1% e 1,4% classificados nos estágios 3A, 3B e 4, respectivamente. A TFG média foi 64,0 (dp=14,0) mL/min/1,73m², com mínimo de 15,6 e máximo de 106,7 mL/min/1,73m². Conclusão: o estudo revelou uma prevalência alarmante da DRC na população de estudo, demonstrando o papel significativo da APS no diagnóstico precoce por meio da inclusão rotineira do cálculo da TFG estimada como um dado complementar aos resultados das dosagens de creatinina sérica, a fim de diagnosticar a DRC nos seus estágios iniciais e evitar sua progressão, reduzir gastos no tratamento e melhorar a qualidade de vida da população. Por fim, enfatiza-se a necessidade de ações de prevenção de agravos e enfermidades e promoção da saúde, de acordo com as necessidades dos indivíduos.
Palavras-chave Doença Renal Crônica, Atenção Primária à Saúde, Hipertensão.
Forma de apresentação..... Painel
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