Resumo |
A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) apresentam variações nos resultados obtidos com a utilização de diferentes protocolos hormonais. Este estudo teve como objetivo avaliar a taxa ovulatória e recuperação embrionária em protocolos de IATF. Foram utilizadas 105 vacas da raça Nelore, multípara, solteiras, em manejo extensivo, com escore de condição corporal entre 2,5 a 4 na escala de 1 a 5 (Dias, 1991). As vacas foram distribuídas em sete grupos de 15 animais cada e submetidas aos seguintes tratamentos: G1: Dia 0 - Colocação de dispositivo intravaginal com 0,75 g de progestágeno (Prociclar®), e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol (Estrogin®) por via intramuscular (IM); Dia 8 - Retirada do implante de progesterona e aplicação de 10 mg de Dinoprost Trometamina (Lutalyse®) por via IM, Dia 9 – Aplicação de 1 mg de benzoato de estradiol. G2: Semelhante ao protocolo 1, com adição de 400 UI de PMSG (eCG; Sincro eCG®) IM. G3: Semelhante ao protocolo 1, com adição de 400 UI de PMSG, mais aplicação de 1 mg de benzoato de estradiol D8, adiantando a aplicação do D9, e totalizando 3 manejos. G4: Semelhante ao protocolo 3, com a substituição da aplicação de 1 mg de benzoato de estradiol no D8 por 1 mg de cipionato de estradiol IM (ECP®). G5: Semelhante ao protocolo 4, com a adição da aplicação de 10 mg de Dinoprost Trometamina no D6 e a exclusão do eCG no D8. G6: Semelhante ao protocolo 1, com substituição das aplicações de benzoato de estradiol por aplicações IM de 0,0084 mg de acetato de buserelina (GnRH; Sincroforte®) tanto no D0 quanto no D9. G7: Semelhante ao protocolo 1, com substituição das aplicações de benzoato de estradiol por aplicações IM de 0,05 mg de acetato de gonadorelina (GnRH; Gestran®) tanto no D0 quanto no D9. A inseminação artificial foi feita entre 54 a 60 horas após a aplicação do de Dinoprost Trometamina (Lutalyse®) no D8. Com exceção do protocolo 3, no qual foi feita entre 50 a 56 horas após esta mesma aplicação. A resposta ovulatória aos protocolos foram conferidas com ultrassom, e probe linear transretal de 7 mHz. As coletas dos embriões foram realizadas pelo método não cirúrgico no D17, por meio de lavados uterinos com PBS e 2 % de soro fetal bovino. Os dados da taxa de ovulação foram analisados pelo teste de qqui-quadrado, GL=3,84; P<0,05 e a taxa de recuperação embrionária foi analisada por estatística descritiva. A taxa de ovulação geral obtida foi de 74,3% (78/105) e por grupo: G1: 80; G2: 66,6; G3: 93,3; G4: 80; G5: 53,3; G6: 66,7; G7: 80%, não diferindo entre si, exceto entre os grupos 3 e 5. Em relação a taxa de recuperação, total de 45,6% (31/68 vacas), totalizando 23 embriões e oito ovócitos. As taxas de ovulações obtidas corroboram às médias relatadas na literatura, podendo ser utilizados qualquer um dos protocolos de IATF, exceto o 5. A taxa de recuperação embrionária, embora baixa, destaca-se que os lavados uterinos foram feitos em vacas induzidas à ovulação única e não a superovulação. |