Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6703

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Gabryele Silva Ramos
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Hígor de Souza Rodrigues, Khalid Haddi, Mateus Oliveira Campos
Título Alterações no comportamento sexual mediada por exposição subletal de Imidaclopride associado ou não a sal de cozinha em Euschistus heros
Resumo Aumentos na ocorrência natural do percevejo marrom da soja, Euschistus heros, tem sido registrado no Brasil. Estes são expostos ao neonicotinoide imidaclopride, uma vez que este foi o inseticida mais utilizado para controlar estes insetos em plantações de soja. Aliado a isso, a utilização de sal de cozinha (0,5%) em mistura com inseticidas possibilita redução de 50% da dose destes compostos, sem que haja prejuízo para eficiência de controle de E. heros. Entretanto, os efeitos letais e subletais desencadeados da aplicação de sal de cozinha em mistura com inseticidas mais modernos (por exemplo, imidaclopride) não têm sido levados em consideração. O presente trabalho objetivou averiguar distúrbios no comportamento sexual causados por exposição subletal de E. heros a soluções inseticidas contendo sal de cozinha. Adultos recém-emergidos (< 24h), obtidos da criação do laboratório de fisiologia e neurobiologia de invertebrados (UFV), mantidos em condições controladas (27 ± 3 °C, 60 ± 10% U.R e 14h de fotofase), foram expostos por 48 h a resíduos secos de imidaclopride. No primeiro bioensaio, foi realizada exposição a diferentes concentrações subletais do inseticida (1,26; 0,42; 0,126 e 0,042 g i.a./cm2, equivalente a 1, 3, 10 e 30% da dose de campo [4,2 g i.a./cm2], respectivamente). Para o segundo bioensaio, foi realizada a exposição a concentração de 0,126 g i.a./cm2, equivalente a 3% da dose de campo com adição ou não de sal de cozinha (NaCl a 0,5% p/v) à calda inseticida. Para ambos os casos no tratamento controle foi utilizado água destilada. Adultos sobreviventes com 13 dias de idade formaram casais e foram mantidos em placa de Petri e filmados por 13h para avaliação do comportamento de cópula (número de cópulas, tempo médio e tempo total de cópula, latência e sucesso de cópula). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA). No primeiro bioensaio não houve diferença significativa para o número de cópulas (P = 0,188, H = 6,152). Para o tempo total (P < 0.001, F = 12,926) e o tempo médio de cópula (P < 0.001, F = 5,850), a concentração de 3% da dose de campo apresentou a menor média, diferindo dos demais tratamentos. Para a latência (P < 0.001, H = 19,224) houve diferença significativa para 3% da dose de campo e insetos não tratados (controle). No segundo bioensaio, não houve diferença significativa para o tempo total de cópula (P = 0.488, F = 0,817) e latência (P = 0,056, F = 7,553). Para o tempo médio de cópula (P < 0.001, F = 8,505), os tratamentos que continham sal na solução inseticida foram significativamente menores que os demais tratamentos, entretanto apresentaram o número de cópulas maior (P = 0.003, H = 13,749). Diante disso, é notório que a exposição a concentrações subletais aliadas ao sal de cozinha modificou o comportamento sexual de E. heros; todavia, são necessários mais estudos acerca dos distúrbios nos parâmetros reprodutivos destes pentatomídeos para otimizar o uso deste agente sinérgico.
Palavras-chave Pentatomidae, NaCl, cópula
Forma de apresentação..... Oral
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