Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6685

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Michel Filiphy Silva Santos
Orientador CLEBERSON RIBEIRO
Outros membros Cíntia Oliveira Silva, Karla Veloso Gonçalves Ribeiro, Tassia Caroline Ferreira, Vanessa do Rosário Rosa
Título Efeitos do alumínio em raízes de soja: Implicações morfofisiológicas e estruturais
Resumo O alumínio (Al) é um constituinte natural das partículas de argila no solo, todavia, em solos ácidos este metal pode se tornar biodisponível para as plantas e, dessa forma, induzir danos ao seu metabolismo, principalmente ao sistema radicular. Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de produção de soja, atrás apenas dos Estados Unidos. Alguns genótipos de soja apresentam certa tolerância ao Al, mas é bastante sensível à acidez do solo quando comparada a outras culturas. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o crescimento, o acúmulo de Al e as respostas anatômicas de duas cultivares de soja quando expostas ao alumínio. A pesquisa foi realizada em câmara de crescimento com controle de temperatura, umidade e fotoperíodo, pertencente ao BIOAGRO - UFV. Para o experimento foram utilizadas as variedades Conquista e P98Y70, tolerante e sensível ao Al, respectivamente. O delineamento experimental foi realizado em blocos inteiramente casualizados e os tratamentos consistiram de duas concentrações de Al (0; 100μm), 5 repetições e 3 períodos experimentais (24, 48 e 72 horas). O pH foi ajustado diariamente para 4,0. As plantas foram analisadas diariamente para diagnose visual e determinação dos parâmetros de crescimento. Para determinação de morte celular no ápice radicular foi utilizado a coloração com Azul de Evans. Para análise da intensidade de acúmulo de Al na parede externa do ápice foi utilizado coloração por Hematoxilina Férrica. A estrutura externa da raiz foi analisada via microscopia eletrônica de varredura (MEV) e o teor relativo de Al por microscopia eletrônica de varredura acoplada a energia dispersiva de raio-X (MEV-EDS). Para detecção histoquímica interna de Al nos tecidos radiculares, as amostras foram incluídas em metacrilato e submetidas à coloração com Chrome Azurol’S 0,5%. Pela análise de crescimento, após exposição ao Al, P98Y70 apresentou maior inibição do alongamento da raiz, mostrando-se mais sensível à toxicidade por Al. Quando expostas ao Azul de Evans, ambas as cultivares evidenciaram morte celular acentuada no ápice. Esses resultados corroboram com o teste de hematoxilina que evidenciou maior concentração de Al no ápice radicular. Para os resultados obtidos por MEV, a cultivar P98Y70 apresentou maior grau de deterioração, fissuras na epiderme e menor presença de mucilagem. Para o teor relativo de Al por MEV-EDS evidenciou-se maior teor de Al no ápice da cultivar P98Y70 em 24h. Os resultados obtidos à partir da coloração com Chrome Azurol’S, evidenciaram que o Al tem a propriedade de se ligar à parede celular, fato evidenciado em ambas as cultivares, contudo, na P98Y70 foi possível visualizar o acúmulo de Al nos núcleos das células do ápice. Os resultados indicam que a cultivar Conquista manteve o crescimento da raiz em presença de Al, além de conseguir alocar o Al na parede celular e impedir que este metal atinja o citoplasma e induza maiores danos celulares.
Palavras-chave Alumínio, microscopia, sítios de acúmulo
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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