Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6672

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fontes e produção de energia
Setor Departamento de Fitotecnia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Lucas Barbosa de Castro Rosmaninho
Orientador LUIZ ANTONIO DOS SANTOS DIAS
Outros membros ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO, LUIZ ANTONIO DOS SANTOS DIAS, Lurian Guimarães Cardoso, MARTHA FREIRE DA SILVA
Título Potencial energético da casca de frutos de Jatropha curcas L.
Resumo As sementes dos frutos de Jatropha curcas L. apresentam elevado teor de óleo (38%), o que permite a sua utilização como matéria-prima para a produção de biodiesel e bioquerosene. A casca (epicarpo) dos frutos é um dos resíduos gerados desse processo produtivo. A produção de energia é vista como alternativa para o uso desses resíduos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o poder calorífico e a densidade a granel das cascas dos frutos, determinando o potencial energético da cultura. Os frutos foram obtidos do Campo Experimental de Araponga, Minas Gerais. As amostras de cascas de frutos de vários genótipos foram analisadas no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira (LAPEM) do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa. O poder calorífico superior (PCS) dos resíduos foi determinado de acordo com a metodologia descrita pela norma da ABNT NBR 8633 (ABNT 1984), utilizando bomba calorimétrica adiabática. A densidade a granel foi determinada de acordo com a norma estabelecida pela DIN EM 15103. A amostra foi posta em uma caixa rígida de volume conhecido e, logo em seguida, pesada. A densidade energética (DE) dos resíduos do pinhão manso foi calculada pela equação: DE = PCS x DG. Da amostra foram extraídas duas sub-amostras para determinação do potencial calorífico, obtendo como resultado médio o valor de 4.132,00 kcal/kg. A densidade a granel foi avaliada em 66,85 kg/m³, resultando em uma densidade energética de 276.224,20 kcal/m³. O poder calorífico do coproduto gerado do processamento dos frutos de J. curcas é superior ou próximo a diversos resíduos agrícolas utilizados para produção de energia, evidenciando o potencial energético da cultura. A densidade a granel permite dizer que as cascas de J. curcas são leves, quando comparadas com outras matérias primas, como a casca do café e os resíduos da madeira, por exemplo, o que pode implicar em maiores custos de transporte e dificuldades no manejo do resíduo, caso não seja feita uma compactação. Por fim, é possível concluir que o epicarpo dos frutos de J. curcas apresenta características apropriadas para a carbonização e pode ser utilizado para fins energéticos, contribuindo para a sustentabilidade do processo produtivo da espécie.
Palavras-chave ////Pinhao manso, agroenergia, potencial energético
Forma de apresentação..... Painel
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