Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6658

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Paloma Stefany Correa Mansur
Orientador CLEBERSON RIBEIRO
Outros membros Adinan Alves da Silva, Cíntia Oliveira Silva, Michel Filiphy Silva Santos, Noane Liz Rocha Machado
Título Estudo da tolerância diferencial à seca em soja (Glycine max (L.) Merrill)
Resumo A soja é a cultura agrícola mais importante para a economia do Brasil, contudo, eventos de seca têm causado reduções significativas no potencial produtivo de suas lavouras por todo o país. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar mecanismos fisiológicos e bioquímicos relacionados à tolerância diferencial ao déficit hídrico em soja. Foram utilizados dois genótipos, sendo uma cultivar sensível (BRS 16) ao déficit hídrico e uma linhagem (13241), caracterizada como tolerante ao déficit hídrico. As plantas foram cultivadas sob capacidade de campo (tratamento controle) até atingirem o estágio de desenvolvimento V4, quando irrigação das plantas foi suspensa durante 9 dias (tratamento déficit hídrico – DH). Outro grupo de plantas foi reidratado (tratamento reidratado - RH) durante 5 dias, após os 9 dias sem água e as mesmas análises foram realizadas. O status hídrico das plantas foi avaliado pela metodologia do Teor Relativo de Água (TRA). Foram avaliados parâmetros de trocas gasosas, utilizando-se um IRGA (Infra-Red Gas Analyser-IRGA), obtendo-se a fotossíntese líquida (A), a taxa transpiratória (E), a condutância estomática do vapor d’água (gs) e a razão entre a concentração interna e externa de CO2 (Ci/Ca). Além disso, analisou-se a atividade das enzimas antioxidantes: catalase (CAT), peroxidase (POX) peroxidase do ascorbato (APX) e superóxido dismutase (SOD). No tratamento DH, o TRA da BRS 16 foi menor do que em 13241. Nesse mesmo tratamento, observou-se valor de A 20% maior em 13241 e também, menor redução em gs, em comparação com BRS 16. A eficiência no uso da água foi 10% maior na linhagem, do que na cultivar sensível. As enzimas SOD e APX demonstraram maior atividade em BRS16, enquanto a enzima CAT teve maior atividade em 13241. A enzima POX teve resultados semelhantes em ambos os genótipos. No tratamento RH, para todas as análises, tanto a cultivar BRS 16, quanto a linhagem 13241, conseguiram recuperar seus níveis de funcionamento para o mesmo grau das plantas controle. Por fim, constatou-se que o processo fotossintético da linhagem 13241, caracterizada como tolerante, respondeu de maneira mais eficiente ao déficit hídrico do que a cultivar BRS 16, sendo essa resposta importante para uma maior produtividade de plantas sob estresses abióticos. Os resultados obtidos com a linhagem 13241 podem ser úteis no melhoramento genético da soja, visando uma maior tolerância à seca.
Palavras-chave estresse hídrico, trocas gasosas, enzimas antioxidantes
Forma de apresentação..... Painel
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