Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6646

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thiago Augusto Teles de Souza
Orientador GIOVANNI RIBEIRO DE CARVALHO
Outros membros Carlos Mattos Teixeira Soares, Flávia Vieira de Freitas, Maria Eduarda Borges Figueira, Maria Gazzinelli Neves
Título Perfil de testosterona e parâmetros seminais de garanhões da raça Mangalarga Marchador fora da estação reprodutiva
Resumo A equideocultura mundial representa um importante setor econômico, consistindo-se numa fonte geradora de renda e empregos. Dentre as raças eqüinas criadas no Brasil, o Mangalarga Marchador destaca-se como a mais expresiva em termos de animais e criadores. O eqüino é uma espécie que apresenta aspecto reprodutivo estacional, onde sua atividade sexual é aumentada em períodos de dias longos (primavera e verão) e supõe-se que as mudanças de comprimento do dia ao longo do ano possam influenciar a fisiologia gonadal. Percebe-se assim a necessidade de estudos que avaliem prováveis fatores que influenciem na fertilidade dos ejaculados bem como a resposta das raças a esses fatores uma vez estando em condições tropicais ou fora da estação reprodutiva. No presente estudo, foram utilizados 11 garanhões da raça Mangalarga Marchador com idade entre 5 e 25 anos, que estavam alojados em baias dos Haras Laglória, Recreio e Invernada e no Setor de Equideocultura da Universidade Federal de Viçosa. Os garanhões foram considerados hígidos ao exame físico e classificados como aptos à reprodução ao exame andrológico. As colheitas de sêmen foram realizadas utilizando vagina artificial, modelo Botucatu, preenchida previamente com água aquecida a 47 °C. Os parâmetros seminais avaliados foram: volume ejaculado livre de gel (mL), volume de gel (mL), motilidade espermática total (%), vigor espermático (0 a 5), concentração espermática (milhões de espermatozóides/mL). As colheitas de sangue para dosagem da testosterona sérica foram realizadas através da veia jugular de cada animal, durante um período de 12 horas (7h às 19h), com intervalo de trinta minutos entre cada uma (25 amostras por animal). A determinação das concentrações séricas de testosterona foi realizada pelo teste de quimioluminescência e pela técnica imuno-enzimática utilizando-se kits de reagentes comerciais. Neste experimento, os animais não apresentaram comportamento sazonal com relação às concentrações séricas de testosterona quando comparados com valores coletados na estação de monta. É citada na literatura uma provável influência do fotoperíodo na secreção de testosterona indicando que, normalmente, as maiores concentrações desse hormônio são observadas durante o período de maior luminosidade. No entanto, a maioria dessas pesquisas são realizadas em regiões de clima temperado onde estações climáticas são bastante definidas e caracterizadas por uma maior diferença entre o comprimento do dia durante o ano, diferentemente da condição climática a qual estavam submetidos os animais do grupo experimental. Em relação aos parâmetros seminais avaliados, os resultados obtidos também não apresentaram diferenças quando comparados aos valores registrados durante a estação reprodutiva. Conclui-se que os aspectos estudados não são influenciados pelo fotoperíodo dentro das condições geográficas e de manejo estudadas.
Palavras-chave testosterona, quimioluminescência, sêmen
Forma de apresentação..... Painel
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