Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6643

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Fernanda Matias Albuini
Orientador LUCIANO GOMES FIETTO
Outros membros Carlos Augusto Rosa, Lílian Emídio Ribeiro, Valquíria Júnia Campos Lima e Silva
Título Caracterização fisiológica de leveduras fermentadoras de xilose do gênero Spathaspora
Resumo O etanol de segunda geração é uma excelente alternativa para aumentar a produtividade de etanol por aréa plantada, pois a biomassa lignocelulósica presente em subprodutos agroindustriais também é aproveitada para a produção de etanol. Entretanto, um dos maiores gargalos desse processo é a conversão de xilose a etanol por microrganismos fermentadores, e a sensibilidade destes microrganismos à compostos inibidores do crescimento microbiano que são formados na etapa de pré-tratamento da biomassa lignocelulósica. As leveduras Spathaspora arborariae e Spathaspora passalidarum são consideradas promissoras para a fermentação industrial de hidrolizados lignocelulósicos por naturalmente converterem de maneira eficiente xilose em etanol. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos dos inibidores ácido acético e etanol no processo fermentativo. Foram realizados experimentos de fermentação em batelada com os inibidores ácido acético (0,3% v/v) e etanol (2, 4 e 6% v/v) por 60 horas. Amostras das fermentações foram coletadas nos intervalos de 0, 3, 6, 9, 12, 20, 30 40, 50 e 60 horas para avaliação do perfil de crescimento dos microrganismos, viabilidade celular e produção de etanol. Em presença de 0,3% de ácido acético, ambas as leveduras não foram capazes de crescer e produzir etanol, e demonstraram perda da viabilidade celular. Na concentração de 2% de etanol, a levedura S. arborariae consumiu toda a xilose em 30 horas de fermentação e, após esse período, o etanol passou a ser utilizado por ela como substrato para seu crescimento. O mesmo perfil foi observado para a levedura S. passalidarum nessa condição, com a diferença de que a xilose foi esgotada em apenas 20 horas de fermentação. Em 4% de etanol, ambas as leveduras consumiram a xilose e o etanol simultaneamente desde as primeiras horas de ensaio. A leverura S. arborariae não utilizou completamente a xilose até o final das 60 horas de fermentação, enquanto a levedura S. passalidarum esgotou esse substrato em 40 horas de ensaio. O mesmo perfil de consumo simultâneo de xilose e etanol foi observado para as duas leveduras na concentração 6% de etanol, com a ressalva de que a levedura S. passalidarum aparentemente demonstrou um consumo preferencial de etanol em relação a xilose. Em todas as três concentrações de etanol testadas, pôde-se perceber que a S. passalidarum produziu mais biomassa que a S. arborariae, e a viabilidade de ambas leveduras foram mantidas até o final da fermentação. Assim, verificou-se a inibição do crescimento das duas leveduras em ácido acétido 0,3%. Além disso, os resultados sugeriram que a levedura S. passalidarum é mais tolerante a altas concentrações de etanol que a S. arborariae, demonstrando maior potencial para produção de etanol quando xilose é utilizada como substrato. Os resultados também sugerem que o consumo de etanol em preferencia a xilose é o principal alvo para o melhoramento da S. passalidarum.
Palavras-chave Etanol de segunda geração, leveduras, fermentação de xilose
Forma de apresentação..... Oral, Painel
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