Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6628

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, Outros
Primeiro autor Luis Gustavo Nicanor Paez
Orientador RICARDO HENRIQUE SILVA SANTOS
Outros membros Anália Lúcia Vieira Pacheco, Lorena Marozzi
Título Influência do sombreamento e manejo pós-colheita sobre o tamanho dos grãos de Coffea arabica L.
Resumo O sombreamento do cafeeiro pode favorecer o acúmulo de açúcares e sólidos solúveis, formando frutos maiores e com melhores características físicas e sensoriais. O processamento pós-colheita por via seca é a forma mais utilizada no Brasil e na região da Zona da Mata mineira, sendo os frutos secos na sua forma integral, imediatamente após a colheita, produzindo o café seco em coco ou café natural. De acordo com o formato do grão e a sua granulometria, os grãos podem ser classificados em: chato graúdo, chato médio, chato miúdo, moca graúdo, moca médio e moca miúdo. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o tamanho dos grãos de café cultivados em monocultivo (pleno sol) e em sistema agroflorestal (SAF) com dois tipos de manejo pós-colheita, um de boa qualidade e outro inadequado. Os cafés avaliados foram colhidos na safra 2014/15 no município de Viçosa - MG. A lavoura de Coffea arabica L. cv. Oeiras - MG 6851 está localizada a 675 m de altitude, possuindo 17% de declividade e face de exposição solar noroeste (soalheira). Um talhão foi conduzido a pleno sol e outro em SAF com Erythrina spp. Os frutos foram colhidos pelo método de derriça total, em diferentes estádios de maturação (verde, cereja e seco) e encaminhados para o laboratório de Agroecologia onde foram processados por via seca. As parcelas que receberam manejo pós-colheita adequado foram secas em camadas finas e com dez revolvimentos ao dia. Após reduzirem o teor de água para 30%, os frutos foram retirados do terreiro de secagem e levados para uma estufa com circulação forçada de ar a 35 ºC. Na estufa os frutos também foram mantidos em camadas finas e revolvidos diariamente. As outras parcelas, que receberam o manejo pós-colheita inadequado, foram mantidas em terreiro, em camadas finas, porém com apenas um revolvimento dos frutos ao dia. Após atingirem o teor de água adequado, entre 11 e 12%, os frutos foram armazenados em local arejado e com monitoramento da temperatura e umidade relativa do ambiente. A classificação do tamanho dos grãos foi feita de acordo com as normas estabelecidas pelo Regulamento Técnico de Identidade e de Qualidade para a Classificação do Café Beneficiado Grão Cru, do MAPA. Foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualisado em esquema fatorial 2 × 2, sendo o fator A o sistema de cultivo e o fator B o manejo pós-colheita com três repetições. Houve interação entre os fatores apenas para os grãos das categorias chato graúdo e moca médio. O sistema de cultivo influenciou significativamente os grãos das categorias chato graúdo, chato miúdo e moca médio. A qualidade do manejo pós-colheita influenciou significativamente os grãos das categorias chato graúdo, médio e miúdo, e moca médio e miúdo. Os cafés cultivados em SAF e submetidos a um manejo pós-colheita adequado apresentaram os maiores percentuais de grãos moca médio.
Palavras-chave Agroecologia, processamento via seca, café arábica
Forma de apresentação..... Painel
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