Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6627

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Raíssa Teixeira Rodrigues
Orientador CAMILA MENDES DOS PASSOS
Outros membros Carla Elisia de Souza, Mickaela Cunha Monteiro, Tassiana Elena de Souza
Título Risco do uso de contraceptivo hormonal combinado por mulheres tabagistas com 35 anos ou mais: revisão da literatura
Resumo INTRODUÇÃO: Os contraceptivos hormonais combinados são os métodos mais utilizados pela população feminina brasileira e se consistem pela associação entre estrogênio e progestogênio. Estão disponíveis em diversas composições e vias de administração, agindo no bloqueio da ovulação, espessamento do muco cervical, além de tornar o endométrio impróprio à implantação e reduzir a secreção e peristalse das tubas uterinas. Segundo os critérios de elegibilidade proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mulheres saudáveis e não tabagistas podem utilizar estas opções de anticoncepcionais e usufruir de seus benefícios. Entretanto, em mulheres com 35 anos ou mais e tabagistas o uso de deles é contraindicado. Diante do exposto surge a seguinte questão para estudo: quais são os riscos envolvidos no uso de contraceptivo hormonal combinado por mulheres tabagistas com 35 anos ou mais? OBJETIVO: Avaliar a literatura científica sobre o risco do uso de método contraceptivo hormonal combinado por mulheres tabagistas com 35 anos ou mais. METODOLOGIA: Revisão da literatura narrativa realizada com base em artigos científicos colhidos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), selecionados a partir dos descritores: métodos contraceptivos e tabagismo e dois documentos oficiais da organização mundial de saúde. RESULTADOS: A seleção da literatura científica referente ao tema resultou na inclusão de 6 artigos no estudo. As evidências científicas mostraram que o etinilestradiol provoca alterações significativas na cascata de coagulação, culminando com aumento da geração de trombina e dos fatores de coagulação, além da diminuição dos inibidores naturais da coagulação, gerando um efeito pró-coagulante leve. Além disso, o tabagismo também favorece a ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV), visto que substâncias encontradas no cigarro, como a nicotina, provocam estado pro-trombótico, através da ativação plaquetária. Alguns estudos também discutem que o risco de Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral entre usuárias de contraceptivos combinados eleva-se com a coexistência de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como o tabagismo. Vale salientar que, esse efeito é mais pronunciado em mulheres acima dos 35 anos de idade. Deste modo, para mulheres com maior risco para trombose venosa, entre elas encontram-se as tabagistas e com idade superior a 35 anos, é preferível o uso de contracepção com progestágenos isolados. CONCLUSÃO: Conclui-se que os estudos tem demostrado que o uso de contraceptivos hormonais combinados tem sido positivamente associado á ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) e outros eventos cardiocirculatórios e esse risco aumenta na presença de condições clínicas especiais, dentre elas o tabagismo e a idade de 35 anos ou mais.
Palavras-chave anticoncepcionais, hábito de fumar, risco
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,68 segundos.