Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6596

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Literatura comparada
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Mônica de Freitas
Orientador SIRLEI SANTOS DUDALSKI
Título Shakespeare em Quadrinhos: uma leitura de Macbeth
Resumo O desenvolvimento da Humanidade se fez, em grande parte, graças à Arte. Aristóteles, em sua Poética, afirma que nos diferenciamos dos outros animais devido à nossa capacidade de imitação (que nos é natural desde à infância) e no prazer e conhecimento que tal prática nos traz. E quando pensamos em uma arte que nos acompanha desde os primórdios da civilização, nos vem à mente o Teatro.
O Teatro foi o berço grandes autores que ultrapassaram suas épocas, sendo William Shakespeare um especial exemplo. Sua versatilidade, inventividade e capacidade de inovação fizeram com que o bardo renovasse o gênero dramático que, a partir da inspiração em histórias e lendas já conhecidas, criou enredos com uma linguagem original e inesquecível.
Shakespeare é um autor que transcendeu os palcos; suas obras permanecem atuais em várias manifestações artísticas, provando que as artes dialogam naturalmente entre si.
De acordo com Claus Clüver, as artes conversam entre si, e é graças a essa mobilidade artística que podemos ver as peças de Shakespeare em diversas mídias como, por exemplo, filmes, balés, telenovelas, seriados e quadrinhos. Assim, chegamos à Macbeth e sua versão em HQ.
Dessa forma, através dos estudos de Adaptação propostos por Linda Hutcheon, Julie Sanders, Daniel Fischlin e Mark Fortier e de intermidialidade proposto por Claus Clüver, este trabalho tem o objetivo de estudar a peça shakespeariana Macbeth e a sua adaptação em História em Quadrinhos, com o roteiro de Marcela Godoy e desenhos de Rafael Vasconcellos, buscando analisar como se dá a transposição midiática da peça do bardo para os Quadrinhos.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, serão utilizados estudos críticos retirados em livros, artigos, e outros tipos de publicação referentes ao Teatro, ao conceito de “intermidialidade”, bem como o conceito de “adaptação”.
Pretendemos reafirmar a ideia de que faz parte do processo natural da construção da arte o diálogo intertextual e intermidiático. Não podemos enxergar a arte de forma hierarquizada, mas sim, de maneira horizontal, em que todas estão em perfeita sinergia palimpsestuosa.
Ao estudar a adaptação em HQ, percebemos uma nova forma de revelar o texto, em que nada é aleatório: em tudo há uma intenção. É como afirma Linda Hutcheon ao dizer que a adaptação é um tipo de repetição, porém sem replicação (HUTCHEON, 2013, p. 28). Assim, tudo é levado em consideração quando estudamos adaptações, e em uma HQ a construção dos diálogos, as cores, os traços artísticos dos desenhos, como os personagens são construídos etc. são importantes para entendermos os objetivos daquela forma de recontar a peça shakespeariana.
Portanto, este trabalho pretende desmistificar a ideia de que a adaptação é uma mera “cópia” do texto-fonte e demonstrar como Macbeth em HQ apresenta mais uma nova forma de experienciar o texto shakespeariano.
Palavras-chave Macbeth, adaptação, intermidialidade
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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