ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Pós-graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Literatura comparada |
Setor | Departamento de Letras |
Bolsa | CAPES |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CAPES |
Primeiro autor | Mônica de Freitas |
Orientador | SIRLEI SANTOS DUDALSKI |
Título | Shakespeare em Quadrinhos: uma leitura de Macbeth |
Resumo | O desenvolvimento da Humanidade se fez, em grande parte, graças à Arte. Aristóteles, em sua Poética, afirma que nos diferenciamos dos outros animais devido à nossa capacidade de imitação (que nos é natural desde à infância) e no prazer e conhecimento que tal prática nos traz. E quando pensamos em uma arte que nos acompanha desde os primórdios da civilização, nos vem à mente o Teatro. O Teatro foi o berço grandes autores que ultrapassaram suas épocas, sendo William Shakespeare um especial exemplo. Sua versatilidade, inventividade e capacidade de inovação fizeram com que o bardo renovasse o gênero dramático que, a partir da inspiração em histórias e lendas já conhecidas, criou enredos com uma linguagem original e inesquecível. Shakespeare é um autor que transcendeu os palcos; suas obras permanecem atuais em várias manifestações artísticas, provando que as artes dialogam naturalmente entre si. De acordo com Claus Clüver, as artes conversam entre si, e é graças a essa mobilidade artística que podemos ver as peças de Shakespeare em diversas mídias como, por exemplo, filmes, balés, telenovelas, seriados e quadrinhos. Assim, chegamos à Macbeth e sua versão em HQ. Dessa forma, através dos estudos de Adaptação propostos por Linda Hutcheon, Julie Sanders, Daniel Fischlin e Mark Fortier e de intermidialidade proposto por Claus Clüver, este trabalho tem o objetivo de estudar a peça shakespeariana Macbeth e a sua adaptação em História em Quadrinhos, com o roteiro de Marcela Godoy e desenhos de Rafael Vasconcellos, buscando analisar como se dá a transposição midiática da peça do bardo para os Quadrinhos. Para o desenvolvimento desta pesquisa, serão utilizados estudos críticos retirados em livros, artigos, e outros tipos de publicação referentes ao Teatro, ao conceito de “intermidialidade”, bem como o conceito de “adaptação”. Pretendemos reafirmar a ideia de que faz parte do processo natural da construção da arte o diálogo intertextual e intermidiático. Não podemos enxergar a arte de forma hierarquizada, mas sim, de maneira horizontal, em que todas estão em perfeita sinergia palimpsestuosa. Ao estudar a adaptação em HQ, percebemos uma nova forma de revelar o texto, em que nada é aleatório: em tudo há uma intenção. É como afirma Linda Hutcheon ao dizer que a adaptação é um tipo de repetição, porém sem replicação (HUTCHEON, 2013, p. 28). Assim, tudo é levado em consideração quando estudamos adaptações, e em uma HQ a construção dos diálogos, as cores, os traços artísticos dos desenhos, como os personagens são construídos etc. são importantes para entendermos os objetivos daquela forma de recontar a peça shakespeariana. Portanto, este trabalho pretende desmistificar a ideia de que a adaptação é uma mera “cópia” do texto-fonte e demonstrar como Macbeth em HQ apresenta mais uma nova forma de experienciar o texto shakespeariano. |
Palavras-chave | Macbeth, adaptação, intermidialidade |
Forma de apresentação..... | Painel, Oral |