Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6576

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Água e solos
Setor Departamento de Solos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lucas Cupertino Vaz
Orientador JAIME WILSON VARGAS DE MELLO
Outros membros Fábio Fernandes Maia, Renato Welmer Veloso
Título Caracterização das águas do Rio Doce e seus formadores em trechos próximos à confluência
Resumo O rompimento da Barragem de Fundão no município de Mariana, em novembro de 2015, liberou cerca de 40 milhões de m3 de rejeitos do processo de beneficiamento do minério de ferro no Rio Gualaxo do Norte, um dos afluentes do Rio do Carmo. O evento assumiu proporções capazes de afetar todo Rio Doce desde de sua formação a partir da confluência dos rios Piranga e do Carmo, no município de Rio Doce, Minas Gerais, até sua foz no litoral do Espírito Santo no município de Linhares. O presente trabalho consistiu na caracterização das águas de trechos dos rios Piranga, do Carmo e Doce. As coletas de amostras de água foram realizadas em 12 pontos localizados entre os municípios de Ponte Nova, Barra Longa e São José do Goiabal, destes quatro representam o Rio Piranga, nos últimos 12 km antes da confluência, três representam o Rio do Carmo, nos últimos 11 km antes da confluência, e cinco representam o Rio Doce, nos primeiros 32 km após a confluência. A caracterização das amostras foi feita a partir das análises de pH, cor, turbidez, E. Coli e Sólidos em Suspenção, algumas realizadas in loco e outras no Laboratório de Geoquímica da UFV. As médias dos valores obtidos formam comparadas utilizando-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não houve diferença significativa para os valores de pH, sendo que os valores médios encontrados nos trechos avaliados do Rio Piranga foi de 7,2; para o Rio do Carmo 7,4 e para o Rio Doce 7,3. Para os demais atributos houve diferença significativa entre os resultados sendo o Rio do Carmo sempre o curso d’água mais alterado e o Rio Piranga o menos alterado, exceto para E. coli que no Rio Doce apresentou menor valor. Para o Rio do Carmo o valor médio para turbidez foi de 268,3 NTU; o valor médio para cor foi de 48,4 mg.Pt/L; o valor médio para E. coli foi de 2674,0 NMP. Para o Rio Piranga os valores foram 39,5 NTU; 38,8 mg.Pt/L e 4053,3 NMP respectivamente. Já para o Rio Doce essas mesmas variáveis assumiram valores médios iguais a 176,8 NTU; 42,3 mg.Pt/L e 2124,7 NMP. Para a variável sólidos em suspensão os valores encontrados ao longo do trecho estudado do Rio Doce apresentaram diferença expressiva variando entre 22,3 e 72,0 mg/L, ressalta-se que esta variável está diretamente relacionada com a velocidade do fluxo de água no leito do trecho amostrado. Entretanto o valor médio observado no Rio Piranga de 11,4 mg/L foi o mais baixo e no Rio do Carmo o valor médio foi de 114,3 mg/L, acima dos valores observados no Rio Doce. Além da importância econômica e social, o Rio Doce abastece inúmeras cidades, portanto o monitoramento contínuo deste rio é relevante tanto do ponto de vista sanitário, quanto do ponto ambiental, para que os impactos nas regiões afetadas possam ser quantificados e qualificados, facilitando assim a escolha das medidas mitigadoras dos impactos decorrentes do rompimento da Barragem de Fundão.
Palavras-chave Impacto Ambiental, Barragem do Fundão, Rejeito
Forma de apresentação..... Painel
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