Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6575

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Luiza Delazari Borges
Orientador ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Outros membros Emily de Souza Ferreira, Luciana Saraiva da Silva
Título Perfil dos portadores de hipertensão arterial com e sem doença renal crônica no contexto da atenção primária à saúde
Resumo Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um grave problema de saúde pública no mundo e sua prevalência apresenta um aumento anual de 8 a 16%. Ressalta -se que isso se deve ao fato da DRC, em geral, ser subdiagnosticada e tratada inadequadamente, especialmente em nível de Atenção Primária à Saúde (APS). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o principal fator de risco para o desenvolvimento e progressão da DRC. Considerando que somente 15% dos portadores de HAS têm a pressão arterial (PA) devidamente controlada, pode-se concluir que 85% tem grandes chances de evoluir com algum grau de insuficiência renal o que sugere que nos próximos anos a HAS continue a ser causa importante de DRC sobretudo pela persistência de hábitos inadequados de alimentação e inatividade física, além do tabagismo Objetivo: Descrever o perfil dos portadores de HAS com e sem a DRC cadastrados na APS. Metodologia: Trata-se de estudo transversal com os portadores de HAS cadastrados e acompanhados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Porto Firme, Minas Gerais. Para a análise do perfil da população, avaliaram-se hábitos de vida, dados sociodemográficos e antropométricos (peso, altura, circunferência da cintura (CC) e índice de massa corporal (IMC)). Os dados são apresentados em medidas de frequência. Resultados: Dentre os 293 indivíduos avaliados, 113 (38,6%) apresentaram a DRC. A maioria eram do sexo feminino (74%), idosos (69%), apresentavam baixa escolaridade (84%), baixa renda (90%) e eram ativos fisicamente (65%). Em relação à avaliação antropométrica, a maioria foram classificados com excesso de peso (67%) e apresentaram risco de doença cardiovascular pela medida da CC (86%). Quando se avalia os portadores de HAS com e sem DRC, observa-se que em ambos os grupos, a maioria era do sexo feminino. Quanto à idade, 61,9% dos portadores de DRC apresentavam idade maior que 71 anos, enquanto 23,9% dos não portadores de DRC apresentavam esta mesma faixa etária, sugerindo a idade como fator importante para o desenvolvimento da DRC. A grande maioria dos indivíduos (aproximadamente 90%) dos dois grupos apresentaram baixa escolaridade e baixa renda. Quanto à prática de atividade física, 58,4% dos portadores de DRC eram ativos, enquanto 70% dos não portadores de DRC eram ativos, o que sugere a importância da atividade física para prevenção de agravos. Em relação a avaliação antropométrica, a prevalência de excesso de peso foi elevada, sendo 59,3% nos portadores de DRC e 71,7% nos não portadores de DRC. Quanto ao risco cardiovascular, avaliado pela medida da CC, ambos os grupos apresentaram valores elevados (aproximadamente 85%).Conclusões: O presente estudo demonstrou uma elevada prevalência de DRC, equivalente a 38,6%. O estudo demonstra a importância da APS na realização de ações de prevenção de enfermidades e agravos, em especial, para os indivíduos que apresentam fatores de risco, que são os mais propensos a desenvolverem complicações.
Palavras-chave Doença Renal Crônica, Atenção Primária à Saúde, Hipertensão
Forma de apresentação..... Painel
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