Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6571

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e Cirurgia Animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Adriano Honorato Freire
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Danilo Manzini Macêdo, Gabriel Barbosa de Melo Neto, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto , RODRIGO RIBEIRO BARSANTI, Thayne de Oliveira Silva
Título Tratamento conservativo para fixação dorsal de patela em equino: relato de caso
Resumo A fixação dorsal de patela é um problema funcional que acomete a articulação fêmoro-tíbio-patelar, dificultando ou impossibilitando o deslizamento da patela no sulco troclear medial do fêmur. Como consequência, ocorre hiperextensão temporária ou permanente da articulação. Como principais fatores predisponentes destacam-se o defeito de conformação reto de detrás, crescimento exagerado da tróclea medial do fêmur e o inadequado condicionamento do músculo quadríceps femoral. Se a alteração no andamento é frequente e contínua, tratamento cirúrgico é recomendado. Por outro lado, em casos discretos e esporádicos, particularmente em animais jovens, pode-se realizar uma terapia conservadora. O objetivo desse relato foi registrar a utilização de tratamento conservador em um garanhão Mangalarga Marchador, três anos de idade, 350 kg, portador de discreto e temporário quadro de fixação dorsal de patela. O animal foi atendido no Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa, com histórico de alteração no movimento dos membros pélvicos (MPs), iniciado havia seis meses. A anamnese revelou que o problema havia começado após início da doma, sendo então realizados casqueamento e ferrageamento, o que resultou em diminuição da gravidade do quadro clínico, porém o animal passou a arrastar as pinças dos cascos durante locomoção. Exame físico estático revelou MPs com muralha comprida, com maior desgaste das ferraduras na região das pinças. Os cascos estavam ressecados e a sola apresentava formato plano. Durante exame dinâmico foi constatado que as pinças dos cascos dos MPs eram arrastadas no solo de forma intermitente, quando o animal era deslocado ao passo em linha reta e mais acentuadamente durante o movimento em círculo. Finalmente, foi possível observar discreta, porém rápida, hiperextensão das articulações fêmoro-tíbio-patelar de ambos MPs, seguida por abrupta flexão das mesmas. Diante da apresentação clínica, o proprietário foi questionado se o quadro era mais frequentemente observado em algum momento do dia, sendo constatado que ocorria particularmente pela manhã, reforçando a possibilidade de fixação dorsal de patela. Por se tratar de uma alteração de ocorrência esporádica em um animal jovem, foi preconizado tratamento conservativo para fortalecimento e condicionamento do quadríceps femoral e demais músculos da região. Foram prescritos os exercícios controlados caminhada ao passo guiado pelo cabresto (10 a 15 min); movimento de recuo em linha reta (5 min), e a prova funcional retração dos MPs (2 vezes/dia) durante dois meses, quando então o animal foi novamente examinado. Na reavaliação não foi constatada hiperextensão das articulações, evidenciando a eficácia do condicionamento físico e do fortalecimento do tônus muscular para o tratamento da fixação dorsal de patela em grau discreto. O fato de ser um animal jovem, o treinamento controlado associado ao casqueamento e ferrageamento adequados pode reduzir a possibilidade de recidiva.
Palavras-chave cavalos, mobilização, músculo quadríceps femoral
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,69 segundos.