Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6566

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Daniela Pinto de Souza Fernandes
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros Ana Paula Pires Marques
Título ASPECTOS FISIOLÓGICOS E ANATÔMICOS DA AÇÃO DO FLÚOR NA ESPÉCIE MODELO Arabidopsis thaliana (BRASSICACEAE)
Resumo Por ser o elemento mais eletronegativo da tabela periódica, o flúor (F) é um poluente atmosférico extremamente fitotóxico, sendo as folhas a principal via de entrada deste elemento nas plantas. O F provoca alterações metabólicas, anatômicas e morfológicas, culminando no surgimento e desenvolvimento de sintomas visuais. O uso de espécies vegetais sensíveis ao F mostrou-se uma técnica eficiente e economicamente viável no monitoramento da poluição. As respostas das plantas ao F seriam mais facilmente estudadas e melhor compreendidas em uma espécie modelo, como Arabidopsis thaliana, entretanto são raros os trabalhos sobre os efeitos do F nessa espécie. Desta forma, objetivou-se avaliar as respostas morfoanatômicas e fisiológicas de A. thaliana ao estresse causado pelo F, buscando subsídios para esclarecer os mecanismos de ação deste elemento nesta espécie. Plantas de A. thaliana foram submetidas à nevoeiros com 0, 20, 40 e 80 mg F L-1 por dez dias consecutivos, aplicando-se 15 mL de solução duas vezes ao dia. Ao término do experimento, amostras de folhas, com e sem sintomas aparentes, foram coletadas para avaliação de parâmetros fisiológicos e das alterações morfoanatômicas (em microscopia de luz) e, também, para determinação do teor de F na matéria seca (MS). A. thaliana acumulou nas folhas de 1,4 a 10,3 mg de F g-1 de MS concentrações de F consideradas elevadas mesmo nas plantas expostas a 20 mg F L-1, as quais não desenvolveram sintomas visuais de fitotoxidez. Nos tratamentos com 40 e 80 mg F L-1, necroses foliares iniciaram com 96 e 48h, respectivamente, após a primeira aplicação dos nevoeiros, ocorrendo pequenas manchas acinzentadas distribuídas pela lâmina foliar, margem e ápices. Foram observadas as seguintes alterações: deformação na nervura mediana, redução do tamanho dos feixes vasculares, aumento na área dos elementos de vaso, hipertrofia celular e hiperplasia com maior compactação do mesofilo. Essas alterações anatômicas são típicas da fitotoxidez do F, constituindo-se parâmetros eficientes no diagnóstico de espécies susceptíveis ao poluente. Houve redução na produção de biomassa, redução do teor relativo de água das folhas e murcha foliar em função do aumento de F. Os teores de glicose e frutose foram afetados somente nas plantas expostas a 80 mg F L-1. A sacarose não foi detectada em nenhuma das amostras. Os pigmentos fotossintéticos tiveram uma redução nos tratamentos 20, 40 e 80 mg F L-1 em relação ao controle. Esses resultados sugerem a ocorrência de limitações à fotossíntese. A. thaliana demonstrou tolerância ao F, já que a menor concentração utilizada no nevoeiro não promoveu sintomas visuais de toxidez e danos severos, embora tenha sido evidenciado elevado acúmulo do poluente nos tecidos.
Palavras-chave Poluição, Morfoanatomia, Fitoxidez do flúor
Forma de apresentação..... Painel
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