Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6564

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Carolina Siqueira de Oliveira
Orientador SERGIO OLIVEIRA DE PAULA
Outros membros Roberto Sousa Dias, Vinicius da Silva Duarte
Título Uso de bacteriófagos líticos específicos para E.coli causadora de mastite bovina
Resumo Introdução: A mastite bovina é uma das principais doenças que afetam o gado leiteiro e causa grandes prejuízos econômicos, uma vez que pode ocasionar perdas por morte do animal, queda na produção e qualidade do leite além dos custos do tratamento. Atualmente, a principal forma de tratamento da mastite nos rebanhos bovinos é o uso da antibioticoterapia, porém o uso incorreto e excessivo pode gerar um grave problema relacionado ao surgimento de resistência nas cepas bacterianas. A fagoterapia aparece como uma alternativa, sustentável, com pouco ou nenhum efeito colateral que cause prejuízos ao animal ou ao ambiente. Objetivos: Avaliar a atividade lítica de um coquetel de bacteriófagos previamente isolados no controle da mastite induzida por Escherichia. Coli em camundongos, avaliando assim a capacidade terapêutica desde tratamento em modelos animais.Metodologia: Bactérias E.Coli causadoras de mastite bovina previamente isoladas e caracterizadas por estudos anteriores foram tituladas por diluição seriada, plaqueada em placas de Petri contendo meio LB-ágar. As placas foram incubadas por 24 horas à 37°C para crescimento bacteriano e posterior contagem de colônias. Para a indução da mastite, camundongos em estágios de lactação de 5 a 15 dias foram anestesiados. O canal dos últimos dois tetos abdominais foi cortado utilizando material cirúrgico devidamente esterilizado, e as bactérias anteriormente contadas foram inoculadas neste canal com o auxilio de uma seringa. Dois tipos diferentes de coquetéis fágicos foram inoculados 24 horas após a inoculação das bactérias seguindo o mesmo procedimento. Para avaliação da atividade lítica dos fagos sobre as bactérias, os animais foram eutanasiados e a pele aberta ao longo na linha média para a retirada das glândulas mamárias infectadas que posteriormente foram maceradas, seguida de diluição seriada e uma alíquota de 10 µL de cada diluição foi plaqueada de forma a formar uma gota em placas de Petri contendo meio LB e incubadas a 37°C por 24 horas. A avaliação da atividade do fago foi observada a partir do número de colônias contadas. Resultados: A partir da contagem de colônias nos grupos controle, doença e tratamento, observamos que o crescimento bacteriano se reduziu em um mínimo de 90% quando comparamos os animais infectados com a doença e os animais infectados porém tratados, não ocorrendo crescimento de bactérias E.Coli no controle.Conclusão: A partir destes resultados podemos concluir que ocorreu atividade lítica dos coquetéis de fagos através da diminuição do crescimento bacteriano, sendo que a mudança de coquetel aumentou a eficácia evidenciando assim a efetividade de ambos e a alternância entre eles para inibir a resistência das bactérias a um coquetel específico. Isso demonstra, portanto, o potencial do uso da fogoterapia para o controle da mastite.
Palavras-chave bacteriófagos, Escherichia.Coli, mastite bovina
Forma de apresentação..... Painel
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