Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6556

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Genética e melhoramento vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Aloísio Fernando Silva Ribeiro
Orientador JOSE MARCELO SORIANO VIANA
Outros membros Cleiton Paula da Silva, Henrique Morais de Oliveira, Leonardo Alves Risso, Vinicius Costa Almeida
Título Caracterização fenotípica de linhagens de milho-pipoca quanto à tolerância à seca
Resumo O mercado de milho-pipoca é crescente e bastante promissor. No Brasil, a maioria das áreas cultivadas com milho não conta com irrigação. Mesmo nos anos em que há regularidade de chuvas, normalmente há perdas na produção pela presença de veranicos. A fenotipagem, ou caracterização de recursos genéticos, é um componente essencial em programas de melhoramento genético. O presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização fenotípica de linhagens de milho-pipoca quanto à tolerância à seca. O experimento foi realizado em casa de vegetação. Utilizou-se 10 linhagens provenientes do Programa Milho-Pipoca da Universidade federal de Viçosa. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados com 3 repetições em arranjo fatorial 10x2 (linhagens x níveis de irrigação). Um dos tratamentos teve irrigação plena, com 80% da capacidade de campo (CC), e o outro foi déficit hídrico controlado, aplicado 7 dias antes do florescimento até 15 dias depois, com 50% da CC. Após o período de estresse, a irrigação foi mantida em 80% da CC. O manejo da irrigação para controle dos tratamentos foi realizado pelo método de pesagens dos vasos. Foi utilizado 25 Kg de solo peneirado e vermiculita, na proporção de 2:1, em cada vaso. Foram mensurados os seguintes caracteres: Intervalo entre florescimento masculino e feminino (IFMF), Stay-Green e Teor relativo de água na folha (TRA). A análise de variância conjunta mostrou que interação Linhagens x Ambientes foi significativa a 1% para a variável IFMF e não foi significativa para a variável TRA. Os resultados sugerem que os ambientes não foram capazes de diferenciar o desempenho das linhagens para a característica TRA, mas que houve interação entre linhagens e ambientes para IFMF, onde pelo menos um dos ambientes interferiu em pelo menos uma linhagem, confirmando que o ambiente tem capacidade de influenciar a expressão de cada genótipo. A análise individual dentro de cada ambiente revelou diferenças significativas entre as linhagens para o caractere IFMF, mas ao contrário, não revelou diferença significativa para o caractere TRA. A média geral do IFMF no ambiente sem estresse foi de 2.39 dias, enquanto no ambiente que sofreu o estresse hídrico foi de 8.04 dias, evidenciando que que o estresse hídrico durante o florescimento, leva a um aumento no intervalo entre florescimento masculino e feminino, que é negativamente correlacionado com a produção. A análise de diversidade genética obtida pelo método de Agrupamento UPGMA, com base na Distância Euclidiana Média, resultou na formação de 2 grupos de linhagens no ambiente com estresse, e três no ambiente sem estresse. Devido a condições estressantes ocorridas em todo o experimento, não houve produção de grãos em nenhum dos ambientes. Não foi possível classificar as linhagens quanto a tolerância a seca. O IFMF se mostrou como um caractere útil para diferenciar genótipos por responder ao ambiente, mas é insuficiente para classificação das linhagens quanto a tolerância a seca.
Palavras-chave fenotipagem, déficit hídrico, Milho-Pipoca
Forma de apresentação..... Painel
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