Resumo |
O crisântemo pode ser cultivado para corte de flor ou como planta para vaso durante o ano todo, proporcionando um fluxo de produção constante. No Brasil, as informações a respeito da nutrição mineral e adubação são ainda pouco freqüentes para o cultivo do crisântemo em vaso, sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a produção e qualidade de plantas de três variedades de crisântemo cultivadas em vaso sob diferentes doses de NPK. O experimento foi em DIC em fatorial 3x3+1 com três repetições. Um fator foi constituído das variedades Sheena, Calabria e Indianapolis e o outro das doses de NPK (10-10-10) 3g L-1, 6 g L-1 e 9 g L-1. O tratamento controle se constituiu da ausência de NPK. O substrato originou-se da mistura solo, areia, esterco e substrato comercial na proporção de 4:1:2:2 respectivamente. Os vasos de 1,2 L foram preenchidos com o substrato e as estacas foram espetadas no mesmo, sendo utilizadas três estacas por vaso. Após 15 dias do enraizamento das estacas foi realizada a poda apical e iniciou-se o fornecimento de dias curtos cobrindo-se as plantas das 17 horas às 07 horas do dia seguinte, totalizando um fotoperíodo de 10 horas de luz e 14 horas de escuro. Após a indução do florescimento, visível pela formação de botões, o fornecimento de dias curtos foi suspenso. A colheita foi realizada quando 3 inflorescências por vaso se encontravam em pelo menos 50% de sua abertura floral, sendo avaliados: ciclo da variedade; massa seca de folhas, hastes e inflorescências; número de inflorescências com diâmetro entre 1 e 3 cm e com diâmetro superior a 3 cm; comprimento das hastes e condutividade elétrica (CE) do substrato. Foi realizada análise de variância, e também o teste Tukey a 5% para as variáveis qualitativas e regressão para as variáveis quantitativas. As variedades mostraram diferença significativa para matéria seca de folhas, número de inflorescências entre 1 e 3 cm e condutividade elétrica, enquanto que o comprimento das hastes e a condutividade elétrica foram afetados pelas doses de NPK. Observou-se uma relação inversa entre aumento da dose de NPK e ciclo de cultivo, com a redução do mesmo para as três variedades. As plantas cultivadas sob a dosagem de 9g.L-1 não mostraram sintomas de toxidez, sugerindo que esta dose foi mais adequada para a produção de plantas em vaso de alta qualidade para as três variedades. |