Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6553

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Água e solos
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gustavo Henrique da Silva
Orientador SILVIO BUENO PEREIRA
Outros membros Mariane Gonçalves Ferreira, Santos Henrique Brant Dias
Título Divergências da estimativa da necessidade hídrica e da produção de frutos da cultura do pimentão pelas metodologias FAO 56 e GESAI
Resumo A necessidade hídrica depende, além do cultivar, das condições climáticas, duração do ciclo, sistema de cultivo e sistema de irrigação. Um bom manejo da irrigação é fundamental para economizar água sem, no entanto, pôr em risco o rendimento da cultura. A busca continua para o manejo mais racional da água na agricultura irrigada fez com que em 1977 surgisse a primeira metodologia para estimar o consumo hídrico das culturas por meio das variáveis climáticas obtidas em estações meteorológicas. Em 1998 esta metodologia foi modificada dando origem à FAO 56. Além desta, outras propostas foram desenvolvidas, tal como a metodologia GESAI. Com o objetivo de avaliar o efeito da utilização metodologias FAO 56 e GESAI e lâminas de irrigação sobre a estimativa da necessidade hídrica e produção de frutos foi realizado um experimento com o pimentão “Atlantis”. O cultivo foi realizado sob ambiente protegido e em vasos com capacidade volumétrica de 10 dm3. As correções de pH e fertilidade foram feitas com base na interpretação da análise de solo pelas tabelas da 5ª aproximação. O sistema de irrigação operou com pressão de 10 mca. Em cada planta havia somente um emissor que operou com vazão de 3,45 L h-1. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas. Nas parcelas foi avaliado cinco lâminas de irrigação (50, 75, 100, 125 e 150% da ETc). Na subparcela foi avaliado as metodologias FAO 56 e GESAI. Com base nos resultados, em todos os estádios fenológicos os valores do coeficiente de cultura (Kc) utilizados pela metodologia GESAI foram superiores que pela FAO 56. O valor médio de Kc utilizado pela metodologia FAO 56 foi de 0,78±0,25 e pela GESAI foi de 0,95±0,23. O valor médio de ETc estimado pela metodologia FAO 56 (1,34±0,76 mm dia-1) foi superior em relação à GESAI (1,06±0,68 mm dia-1). A lâmina de irrigação estimada pela metodologia FAO 56 foi 14,39% superior à GESAI. Não foi observado efeito significativo sobre a variável produção por planta utilizando ambas as metodologias. No entanto, a produção por planta aumentou linearmente com o incremento das lâminas de irrigação em ambas as metodologias. Conclui-se que, para estimar a quantidade de água necessária para se irrigar o pimentão “Atlantis” visando a produção de frutos, ambas as metodologias podem ser usadas. Houve economia de água ao se utilizar a metodologia GESAI.
Palavras-chave Capsicum annuum L., Lâminas, Manejo da irrigação
Forma de apresentação..... Painel
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