Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6543

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Jeferson Bello dos Santos
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Adriano Honorato Freire, Danilo Manzini Macêdo, Gabriel Barbosa de Melo Neto, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto , Thayne de Oliveira Silva
Título Miopatia e tendinopatia do infra-espinhoso em mini-pônei: relato de caso
Resumo As afecções de tecidos moles em equinos são comuns, particularmente as tendinopatias, desmopatias e miopatias dos tendões flexores, músculo interósseo III, assim como da musculatura da região caudal dos membros pélvicos e coluna dorsal, respectivamente. As possíveis causas são treinamento excessivo ou prolongado, defeitos de conformação, casqueamento e ferrageamento inadequados, traumatismo, etc. O comprometimento do músculo infra-espinhoso e seu tendão é incomum. Traumatismo na articulação escápulo-umeral, processos degenerativos afetando o úmero podem acometer esse músculo e seu tendão, assim como outros músculos regionais. O objetivo desse relato foi informar sobre um pônei atendido no Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa apresentando claudicação pelo comprometimento do músculo infra-espinhoso. Um mini-pônei macho, com 2,6 anos de idade e 62 kg chegou ao HOV com histórico de claudicação do membro torácico esquerdo (MTE) iniciada havia 15 dias. O proprietário administrou 0,5 mL (1,7 mg/kg) de fenilbutazona por oito dias, mas não obteve melhora. Durante exame físico do aparelho locomotor, foi constatada sensibilidade na região da articulação escápulo-umeral. No exame em dinâmico foi observada claudicação em grau 3/5 do MTE, com tempo de elevação do membro mais curto do que o esperado. Foram realizadas as provas funcionais poliflexão das articulações distais do MTE (exame estático e dinâmico) e retração e protração (exame estático). A poliflexão distal aumentou a claudicação (4/5 graus) e a retração e protração revelou desconforto. Bloqueio do nervo palmar (1 mL/lidocaína 2%) realizado com a finalidade de descartar uma afecção distal e da articulação escápulo-umeral (8 mL/lidocaína 2%) não resultaram em redução da claudicação. Exame radiográfico, na projeção mediolateral na altura da articulação escápulo-umeral revelou irregularidade na região caudal da escápula, que no exame ultrassonográfico se apresentou como área hipo e anecóica. Os exames de diagnóstico por imagem, cujas imagens foram também avaliadas por pesquisador estrangeiro revelaram grave alteração no músculo infra-espinhoso e no seu tendão. Foi recomendado como tratamento o uso tópico de dimetilsufoxido na região acometida duas vezes ao dia por 15 dias, repouso em baia com realização de cinco minutos de caminhada com o animal guiado pelo cabresto e exercícios de mobilização, consistindo de adução e retração do membro afetado por 10 segundos, sendo três sequências intercaladas por intervalos de cinco segundos, cuja finalidade foi o fortalecimento dos músculos infra-espinhoso e bíceps braquial. Depois de cinco dias de iniciado o tratamento já foi possível observar melhora do quadro. A claudicação causada por miopatia e tendinopatia do infra-espinhoso é rara, o que torna difícil o diagnóstico e a escolha de um tratamento adequado. Entretanto esse relato demonstra que é possível a realização de uma terapia de fácil execução e baixo custo.
Palavras-chave cavalo, articulação escapulo-umeral, musculatura
Forma de apresentação..... Painel
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