Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?
17 a 22 de outubro de 2016
Trabalho 6537
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | História, política e cultura |
| Setor | Departamento de História |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Thamyres Alves Rodrigues |
| Orientador | PATRICIA VARGAS LOPES DE ARAUJO |
| Título | "Vitória dos perseguidos": a atuação de João Ernesto na sociedade ubaense. |
| Resumo | Esta pesquisa parte do interesse em aprofundar o estudo sobre a atuação do Maestro João Ernesto na sociedade ubaense, região da Zona da Mata mineira, entre finais do século XIX e começo do século XX. Nascido em um período marcado por diversas mudanças na sociedade brasileira, como a Abolição da escravatura e a Proclamação da República, João Ernesto enfrentaria conjunturas sociais desfavoráveis a sua inserção na sociedade, pois a época era ainda bastante marcada pela mentalidade social da inferioridade do negro. Filho de uma escrava (ou ex-escrava), João Ernesto parece representar o papel daqueles que vieram reivindicar, mesmo que silenciosamente, a igualdade dos negros e mulatos na sociedade pós-escravidão. No campo cultural o período seria também marcado por diversas conquistas e transformações, como exemplo, a ampliação da popularidade das bandas de música no Brasil. Em particular, destacamos a Banda 22 de Maio, fundada por João Ernesto, da qual seria maestro. Buscando compreender de maneira mais clara a trajetória do Maestro João Ernesto frente à Banda 22 de Maio, neste trabalho temos como objetivo apresentar e analisar o Primeiro Livro de Batismo da Paróquia de São Januário de Ubá e do Acervo da Sociedade Musical de Beneficência e Cultura 22 de Maio. Diante das diversas contribuições que essas pessoas notáveis tiveram em seu meio, ao analisarmos as ações desses personagens temos a possibilidade de acessar muitas informações sobre o passado da região, pois expressam um discurso simbólico construído por uma determinada realidade social. Para o desenvolvimento de nossas reflexões apoiamo-nos em Peter Burke, especialmente quanto às discussões no campo da história cultural e em Roger Chartier, nosso segundo ponto de referência, a partir da utilização do conceito de representação, no qual se almeja compreender como os indivíduos “significam” ou “representam” o mundo à sua volta, numa leitura particular, mas imersa em um contexto cultural. Essa perspectiva teórico-conceitual tem nos ajudado a pensar a questão social atrelada às práticas culturais, que são as grandes responsáveis pela formação do pensamento de cada época. A análise de atas, partituras e registros, cartas podemos observar quem foi João Ernesto e suas diversas contribuições para a sociedade ubaense, quais sejam: difusão do esperanto, do espiritismo e fundação da Sociedade Musical de Beneficência e Cultura 22 de Maio, instituição que se encontra vigente nos dias de hoje. |
| Palavras-chave | Maestro, cultura, sociedade |
| Forma de apresentação..... | Painel |