Resumo |
As florestas tropicais estão entre os hábitats com maiores níveis de biodiversidade no mundo, porém se encontram sob intensas atividades antrópicas que podem causar modificações na paisagem, com uma consequente perda de biodiversidade, sendo esse cenário especial nos trópicos. A fronteira sul da Amazônia é uma das regiões com uso da terra mais ativos entre os biomas tropicais no mundo e atualmente tem sofrido pressões antrópicas podem geram o fogo de sub-bosque nas florestas. O trabalho foi realizado com o intuito de conhecer como o fogo de sub-bosque, com e sem combustível pode afetar a comunidade de artrópodes. O experimento foi conduzido no sul da Bacia Amazônica, em réplicas de 6 blocos, cada um composto por três parcelas de 50 x 50 m, separadas por aproximadamente 2 metros de largura. Cada bloco incluía três tratamentos: Controle – sem fogo; B0 –queimado sem adição de combustível; e B+ – queimado com adição de combustível (folhas e galhos secos). O combustível usado foi coletado em áreas próximas, e transferidos para os plots dois dias antes da queima. As queimadas ocorreram no final da estação seca. Dois blocos foram queimados por dia com a duração do fogo de aproximadamente de uma hora. A queima foi realizada no período mais seco do dia. Coletamos os estratos arbóreo, epigeico e hipogeico. As coletas foram triadas e os artrópodes separados até ordem, dividindo em espécies. Os dados foram amostrados e colocados em uma planilha. Primeiramente analisamos a riqueza de espécies e abundância em relação a quantidade de combustível, e não houve diferença na riqueza nos estratos arbóreo e epigeico, somente para hipogeico. Nas análises de abundância, os estratos epigeicos e hipogeicos diferiram somente entre o controle e o estrato arborícola foi não significativo. Também investigamos os impactos da frequência de fogo, analisando os dados de riqueza e abundância. Todos os estratos deram não significativo assim como abundância dos três estratos não foram significativo. As análises demostraram que os artrópodes do estrato hipogeico são os mais afetados pelo fogo, tanto com combustível quanto em frequência. Os estratos arbóreo e epigeico não são afetados de forma significativa em nenhum dos dois experimentos. |