Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6530

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pedro Righetti Arnaut
Orientador MELISSA IZABEL HANNAS
Outros membros ALYSSON SARAIVA, Camila Schultz Marcolla, Marcos Henrique Soares, Maykelly da Silva Gomes
Título Padrão de alimentação para suínos de 25 a 125 kg
Resumo Os programas de melhoramento genético em granjas multiplicadoras de suínos resultaram no surgimento de linhas genéticas com alto potencial de ganho e conversão alimentar. Visando minimizar o desperdício de ração para reduzir os custos de produção, o fornecimento controlado de ração é uma prática adotada no manejo de suínos em escala industrial. Todavia, tal prática levanta questionamentos acerca do efeito deletério da limitação de consumo sobre a limitação da expressão do potencial genético dos animais. Embora a alimentação á vontade favoreça o desperdício de ração, é possível que ela melhore o desempenho animal, compensando os custos com alimentação. Vale salientar que o consumo de ração e a produtividade de suínos são influenciadas pelo sexo. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o desempenho de suínos, machos e fêmeas, dos 63 aos 168 dias de idade submetidos a diferentes padrões de alimentação. Oitenta suínos híbridos comerciais (machos e fêmeas), com peso médio inicial de 25,38 kg, foram distribuídos inteiramente ao acaso em arranjo fatorial 2x2. Os tratamentos foram representados por dois padrões de alimentação (à vontade e controlado) fornecidos aos dois sexos, foram distribuídos a 16 unidades experimentais, totalizando 4 repetições com 5 animais cada. O peso inicial dos animais foi utilizado como co-variável. O fornecimento de ração controlado seguiu as recomendações da empresa de genética PIC, enquanto a administração de ração à vontade manteve 30% da cobertura do comedouro. A ração fornecida foi formulada para atender as exigências nutricionais preconizadas pela empresa PIC. Aos 168 dias de idade, os animais e as sobras de ração foram pesados para obtenção das variáveis de desempenho. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias contrastadas pelo teste Tukey-Krammer, considerando efeito significativo para p≤0,05. Observou-se interação entre os fatores para o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. No grupo de animais, cujo fornecimento de ração foi à vontade os machos apresentaram consumo de ração e ganho de peso superior ao das fêmeas, porém pior conversão alimentar. Contudo, não se observou diferenças entre os sexos nos animais alimentados de forma controlada. Verificou-se maior consumo de ração e ganho de peso nos machos alimentados à vontade em relação aos alimentados de forma controlada. Contudo os mesmos apresentaram pior conversão alimentar. De forma contrária, as fêmeas não apresentaram diferenças nas variáveis em estudo em função do padrão de alimentação. Com base nos resultados conclui-se que a curva de consumo controlado limita o desempenho de suínos machos castrados de alto potencial genético de 25 a 125 kg, indicando que ajustes devem ser feitos na mesma visando melhor ganho de peso e conversão alimentar. Contudo pode-se inferir que para as fêmeas suínas tal curva se ajusta ao seu potencial genético de ganho de peso.
Palavras-chave Suínos, potencial genético, curva de consumo
Forma de apresentação..... Painel
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