Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6518

ISSN 2237-9045
Instituição Faculdade Santa Marcelina Muriaé
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Produtos naturais e bioprospecção
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Carolina Rabelo
Orientador Juliana Maria Rocha e Silva Crespo
Título Estudo fitoquímico qualitativo de Aloe vera da região de Muriaé, MG
Resumo A Aloe vera, amplamente usada medicinalmentee conhecida no Brasil como babosa, de origem Africana, pertencente à família das Liliáceas, do gênero Alo, contém mais de trezentas espécies. O nome babosa é devido á consistência viscosa (baba) da mucilagem de suas folhas. A Aloe vera é cultivada em clima quente e seco da África, mostrando que essa planta é facilmente adaptável. Estima-se que a Aloe vera possua cerca de mais de duzentas substâncias ativas que atuam em parceria sobre os fibroblastos durante a formação de um novo tecido, sendo essas substâncias ricas em polissacarídeos. A partir da extração de suas folhas podem ser obtidas duas partes principais: a casca verde exterior e o tecido interior incolor contendo o gel mucilagenoso. O primeiro é considerado como a droga aloe, líquido extraído da casca de coloração amarelo, o segundo com aspecto de gel (mucilagem), usado no tratamento de queimaduras, cicatrizes, alívio de dores e com ação emoliente paraepiderme. Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa é analisar qualitativamente os componentes bioativos, como metabólitos secundários presentes no extrato hidroalcoólico de Aloe vera a 30%. As análises apresentadas neste trabalho foram realizadas nos laboratórios de química da FASM – Faculdade Santa Marcelina, em Muriaé, MG. Os testes foram realizados com amostras do vegetal Aloe vera, colhidas neste município. Para obtenção do extrato hidroalcoólico, foi utilizado o “Processo B”, para a obtenção de extratos fluidos, da Farmacopéia Brasileira 5ª Ed. Os metabólitos secundários pesquisados nos testesfitoquímicosforam: saponinas, ácidos orgânicos, açúcares redutores, alcaloides, proteínas e aminoácidos, fenóis e taninos, polissacarídeos, glicosídios cardíacos e antraquinonas, segundo metodologias adaptadas de MACHADO et al. (2011), BARBOSA (2001) e RIBEIRO (2008). Foram identificados na amostra em análise a presença de alcaloides, glicosídeos cardíacos e antraquinonas, o que confere com as pesquisas de KUMAR e YADAV (2014) e LEE et al. (2013), que fizeram uma revisão completa das propriedades medicinais da Aloe vera e concluíram que dentre todos os componentes, as antraquinonas correspondem ao ingrediente ativo de maior valor medicinal, relacionada a grandes benefícios à saúde como atividade antimicrobiana, antinflamatória, imunoestimulante e antioxidante. Outros metabólitos com análise positiva foram: esteroides e saponinas espumídicas que, de acordo com CRESPO (2012), a presença dessas substâncias, em sinergismo com outros metabólitos secundários, são os responsáveis pela gama de propriedades biológicas comprovadas do vegetal. Com relação às abordagens efetuadas, a existência de alcalóides ao lado dos terpenóides, esteroides e antraquinonas, abundantes nesse vegetal, certamente coloca-o dentre as maispromissoras fontes de estudos fitoquímicos e farmacológicos na flora brasileira, necessitando-se de mais pesquisas para elucidar quantitativamente a presença desses constituintes.
Palavras-chave Aloe vera, estudos fitoquimicos, babosa
Forma de apresentação..... Painel
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