Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6515

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Meio Ambiente e Conservação da Natureza
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Michel Lage Pereira
Orientador CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES
Outros membros Abel Jose Viana Queiroz, Bruno Leão Said Schettini, Paulo Henrique Villanova, Vanêssa Laís Valentino Soares Barbosa
Título Dinâmica do estoque de carbono no fuste em uma Floresta Estacional Semidecidual, em Viçosa-MG
Resumo A Mata Atlântica é um dos maiores sumidouros de carbono do Brasil. Porém essas florestas se encontram fragmentadas, após anos de exploração de seus recursos e desmatamento para ocupação humana. Devido a isso, muitas espécies desse bioma se extinguiram e outras tantas estão em via de extinção. O estudo da estrutura, dinâmica, e estocagem de carbono destes fragmentos fornece informações necessárias à práticas de conservação, recuperação e manejo, frente as mudanças climáticas, além de ajudar a identificar espécies com maior potencial estocador. Desta maneira, objetivou-se com esse estudo avaliar a dinâmica do estoque de carbono no fuste em uma Floresta Estacional Semidecidual, no município de Viçosa, Minas Gerais. Realizou-se o inventário florestal nos anos de 2010 e 2015, em que todos os indivíduos com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) ≥ 5 cm foram identificados e mensurados. Considerou-se como ingresso aqueles indíviduos que atingiram o DAP de 5 cm a partir da segunda medição. Também foram contabilizados os indíviduos que morreram entre os dois períodos de medição. Para a obtenção da biomassa, obteve-se a densidade básica da madeira, em que foram selecionados, três indivíduos de cada espécie, por classe de diâmetro. Para a obtenção do carbono estocado, por espécie, multiplicou-se a biomassa pelo fator 0,47. O estoque médio de carbono foi de 52,94 MgC.ha-1, em 2010 e 41,72 MgC.ha-1, em 2015. O incremento periódico anual foi de 2,24 MgC.ha−1.ano−1, no qual o crescimento líquido foi de 1,82 MgC.ha−1.ano−1, o ingresso de 0,38 MgC.ha−1.ano−1 e a mortalidade de -0,65 MgC.ha−1.ano−1. As espécies com maiores incrementos foram Piptadenia gonoacantha (1,134 MgC.ha−1.ano−1), Anadenanthera peregrina (0,706 MgC.ha−1.ano−1) e Myrcia fallax (0,606 MgC.ha−1.ano−1). O fragmento obteve um incremento positivo, ou seja, os ganhos por crescimento e recrutamento superaram as mortes, destacando-se as espécies pioneiras e secundárias iniciais, principalmente da família Fabaceae. Isso demonstra a importância dos fragmentos florestais da Mata Atlântica como sumidouros de carbono sendo, portanto, mitigadores das mudanças climáticas.
Palavras-chave Estoque de carbono, emissões, mata atlântica
Forma de apresentação..... Painel
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