Resumo |
O setor de celulose e papel vem na contramão a crise econômica brasileira, empregando, expandindo suas plantas fabris e desenvolvendo novas tecnologias para melhor processamento de sua matéria prima, a madeira. Para se firmar neste mercado altamente competitivo é necessário por parte das empresas florestais o ganho em produção com menor custo operacional, garantindo a qualidade de todo o processo. No Brasil, o Sistema de toras curtas (cut-to-length) é largamente utilizado na colheita de Eucalyptus, principalmente pelas empresas produtoras de celulose. Burla (2008) define que nos diversos sistemas de “toras curtas”, o "Harvester" é a principal máquina utilizada na derrubada, desgalhamento e processamento dos indivíduos arbóreos em toras de comprimento pré-determinado, deixando-se as toras agrupadas e prontas para serem retiradas da área de colheita. Dentro de uma empresa florestal, a colheita e transporte de madeira é responsável por mais de 50% dos custos até a chegada na indústria. Dessa forma, faz-se indispensável o uso de técnicas que definam alta produtividade, assegurando a competitividade da empresa. Para isso, conhecer as variáveis externas que afetam o rendimentodas máquinas florestais se tornam mais uma ferramenta indispensável para a melhoria das operações florestais. As observações de campo e coleta de dados foram realizadas durante as operações de colheita florestal em plantios comerciais de Eucalyptus nos estados da Bahia e Espírito Santo. Os dados foram gerados pelo Harvester Komatsu PC200-8 acoplado a um Cabeçote Valmet 370. A determinação da produtividade operacional das máquinas foi obtida em metros cúbicos de madeira por horas efetivamente trabalhadas (m3 h -1) e o Volume Individual (Vi), foi quantificado em metros cúbicos por árvore (m3 árvore-1). Foi possível obter a seguinte equação de rendimento para a derrubada da árvore seguida do traçamento sem descascamento: Rendimento = -427.99Vi2 + 200.42Vi + 0.1168 com uma correlação R2 = 0.6253 neste caso. A variação do rendimento em relação ao volume individual das árvores (Vi) anunciou uma curva característica dessa relação, ou seja, com aumento do rendimento proporcional ao volume das árvores até um ponto de máximo, a partir do qual começa a cair, indicando que as árvores atingiram um tamanho tão significativo que passa a dificultar o trabalho da máquina,chegando ao seu limite. A partir desse ponto, o processamento é mais demorado, diminuindo a produtividade da máquina. |