Resumo |
A Educação Ambiental (EA), por meio de atividades escolares e não escolares, proporciona as condições necessárias para a formação de cidadãos capazes de tomarem atitudes relacionadas à preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida, e deve ser ensinada, principalmente, nas escolas. O presente trabalho é voltado para professores do ensino fundamental e médio e alunos dos cursos de licenciatura. Segundo a legislação brasileira, a Educação Ambiental é um componente essencial no processo de construção de valores e atitudes voltadas para a conservação do meio ambiente, devendo ser incluída, de forma integrada, às demais disciplinas no currículo básico formal. Entretanto, muitas vezes o tema é pouco abordado dentro de sala de aula, devido à extensa quantidade de conteúdos expostos durante o processo educativo. Assim, uma forma de complementar a EA seria a sua prática fora de espaços escolares. Diante disso, o presente trabalho analisou como é a prática da EA em espaços fora do âmbito escolar, tendo, como alvo, entidades locais de Viçosa – MG. Para a realização do trabalho foi feita a consulta na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, na atual LDB (Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e no Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), além de material de referência especializado. Para o levantamento de dados, foram feitas visitas em duas instituições, sendo elas o Horto Botânico e a Mata do Paraíso (GEIA-Mata), todos os dois pertencentes à Universidade Federal de Viçosa. Foram realizadas entrevistas direcionadas com os responsáveis e no Horto Botânico foi realizado o acompanhamento de uma visita de alunos do Ensino Fundamental. Nos dois locais são realizadas trilhas interpretativas e atividades lúdicas baseadas no livro “Brincando na Mata” com os alunos do Ensino Fundamental e Médio, abordando temas relacionados à Educação Ambiental, mostrando a importância de preservar o meio ambiente e sensibilizá-los perante as questões ambientais e, além disso, as visitas aos locais são vistas como uma oportunidade dos alunos saírem do ambiente escolar, espaço que já estão acostumados e vivenciarem um local diferente, entrando em contato com a natureza possibilitando que eles sintam que o local pertence a eles, e assim, despertando maior interesse dos alunos perante a natureza. Concluímos que a Educação Ambiental trabalhada fora do âmbito escolar não só é possível como também é indicada para atuar de forma complementar ao aprendizado e a difusão de pensamentos e atitudes sustentáveis, pois o contato direto com a natureza promovido por essa prática pode despertar ainda mais seu interesse e sensibilização perante as questões ambientais. No entanto, ainda existe um déficit muito grande do aprendizado, pois não há fidelização das escolas com tais lugares. |