Resumo |
As doenças e lesões ósseas são condições que afetam diretamente a qualidade de vida, são frequentes no crânio, resultando em defeitos ósseos em que a intervenção cirúrgica se faz necessária, uma vez que esses defeitos, enquanto se mantém abertos, provocam altos índices de lesões cerebrais e disfunções neurológicas. Sendo assim, objetivou-se com esse trabalho desenvolver uma nova metodologia de utilização da tomografia microcomputadorizada na avaliação da regeneração óssea de defeitos ósseos cranianos tratados com biomateriais e células-tronco; comparando seus resultados tendo a histomorfometria rotineiramente utilizada para esse fim. No presente trabalho, foram estabelecidas quatro metodologias para a análise dos defeitos cranianos, variando o tamanho do defeito e o grau de cinza. A seleção do volume de interesse foi realizada no corte central pela limitação da área a ser incluída. Assim, nesse corte, optou-se pela marcação de retas limitando a face convexa e face côncava do defeito, o mais próximas possível da superfície do osso. Na marcação da região de interesse foi utilizada a opção Polygonal ROI. Na análise quantitativa MicroCT pode-se observar que para o parâmetro BV/TV houve diferenças entre grupos. Quando utilizada a metodologia 1 percebeu-se diferenças entre os grupos FS+HÁ+CTM e FS+CTM (p<0,01) e FS+CTM e Controle (p<0.05). Utilizando-se a metodologia 2 encontrou-se diferenças entre FS+HÁ+CTM e FS+CTM (p<0,01) e FS+CTM e Controle (p<0,05). Já com a metodologia 3 as diferenças foram encontradas entre os grupos CTM e FS+CTM (p<0,05), FS+HÁ+CTM e Controle (p<0,01) e FS+CTM e Controle (p<0,01). E por ultimo, com a metodologia 4, houve disparidade entre os grupos FS+HÁ+CTM e Controle (p<0,01) e FS+CTM e Controle (p<0,01). Os resultados obtidos com a histomorfometria não foram condizentes com duas das quatro metodologias avaliadas pela microCT. Por histomorfometria, observou-se que o grupo com maior formação óssea no início do processo foi aquele que recebeu o tratamento com CTM+FS+HA. Sendo assim, é possível observar que a MicroCT é um importante método de avaliação da regeneração de defeitos ósseos, mas que a metodologia de seleção do volume de interesse e os graus de cinza podem influenciar grandemente os resultados, assim como a fase do processo regenerativo avaliada, nesse caso, condizente com a fase inicial. |