Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6488

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ellen Kristine Silva Costa
Orientador ANN HONOR MOUNTEER
Outros membros Elisa Dias de Melo
Título Mecanismos de remoção de toxicidade no tratamento biológico de efluentes de indústrias de cosméticos
Resumo Uma vez que efluentes da indústria de cosméticos apresentam elevados índices de toxicidade a organismos aquático e que indústrias de médio e grande porte tratam seus efluentes por processos biológicos, acoplados, ou não a outros processos, tornou-se interessante avaliar o potencial de remoção da toxicidade de efluentes dessa tipologia industrial por meio do tratamento biológico. Assim, este trabalho teve por objetivo analisar o potencial de remoção de toxicidade de efluentes de duas indústrias de cosméticos de pequeno porte localizadas na Zona da Mata de Minas Gerais por processos biológicos. Testes de biodegradabilidade aeróbia e anaeróbia foram realizados em escala de bancada, para avaliar a remoção de toxicidade, bem como para verificar se qualquer remoção observada se deve à degradação das substâncias tóxicas ou à adsorção das mesmas no lodo biológico. Para tal, testes de toxicidade dos efluentes a Daphnia similis e Ceriodaphnia dubia e dos lodos a Hyalella azteca foram realizados antes e após os ensaios de biodegradabilidade. Efluentes brutos das indústrias de cosméticos apresentaram elevadas quantidades de matéria orgânica, com demanda química de oxigênio (DQO) de cerca de 5000 mg/L e 30000 mg/L. Ambos os efluentes apresentaram elevada toxicidade aguda, com concentração mediana efetiva inicial (CE(I),50), de 0,77% e 0,02%. Tratamento físico-químico convencional (coagulação-floculação-sedimentação) e separação por membranas reduziram a toxicidade e removeram a matéria orgânica particulada, mas não a matéria orgânica solúvel. Os efluentes brutos se mostraram biodegradáveis nos ambientes aeróbio e anaeróbio. Para o efluente de uma indústria, a remoção de 70% do carbono orgânico dissolvido ocorreu após 2 dias, e para a outra, após cinco dias. O pré-tratamento físico-químico ou por membranas aumentou a biodegradabilidade aeróbia dos efluentes, mas não a biodegradabilidade anaeróbia. O tratamento biológico aeróbio foi capaz de reduzir ou eliminar a toxicidade dos efluentes, enquanto o tratamento anaeróbio a reduziu, mas não a eliminou, sendo que após o tratamento anaeróbio, a CE(I),50 ficou entre 50 e 100%. Não foi detectada toxicidade nos lodos usados no tratamento biológico, sugerindo que a remoção de toxicidade se deve à degradação e não à adsorção no lodo de substâncias tóxicos durante o tratamento, resultado que só poderá ser confirmado pela realização de novos estudos.
Palavras-chave biodegradabilidade, efluente, toxicidade.
Forma de apresentação..... Painel
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