Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6487

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Artes, literatura e cultura popular
Setor Departamento de Artes e Humanidades
Bolsa Procultura
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Elaine Cristina Roque
Orientador LAURA PRONSATO
Outros membros Ananda Deva Assis Trivelato, João Paulo Petronilio
Título Poéticas corporais em Danças Brasileiras
Resumo Transpor para o meio acadêmico o estudo das identidades culturais tradicionais de forma a valorizar suas manifestações e expressões e encontrar nelas ferramentas que auxiliarão na reapropriação dessa diversidade cultural em nossa memória corporal configura-se como objeto de exploração e conhecimento no âmbito desse trabalho. Para além, vivenciar a pluralidade de um corpo que transcende a simples reprodução de movimentos e a homogeneidade de expressão. Objetiva-se, portanto, articular processos criativos e composições itinerantes em dança a partir de matrizes amerídio-afro-brasileiras em diálogo, especialmente, com as tradições culturais da Família Guiga e mitologia envolvida na cultura popular brasileira. Criar um espaço de apreciação reflexiva com o qual o espectador possa se reconhecer em sua própria história e a corporeidade brasileira também foi alvo do projeto. Para tanto, realizaram-se “Encontros para Dançar e Dialogar”, abertos a todo o público, concretizando trabalhos corporais a partir da anatomia simbólica das danças brasileiras e processos de improvisação cênica em dança. O uso de imagens, estímulos e atividades eram introduzidos em cada encontro, de modo gradativo, para que os participantes entendessem por meio da experimentação e prática como se pode utilizar a organização corporal tendo como base as manifestações populares brasileiras. As vivências e pesquisas de campo foram imprescindíveis para desencadear sensações, percepções e histórias e permitir absorção de experiências vívidas no corpo. Foram considerados também para essa pesquisa as histórias e potencialidades corporais que cada indivíduo transpunha para o momento das oficinas, estabelecendo assim, um espaço para descoberta do corpo, do próprio eu e de sua capacidade de expressão. Outra ação importante deste projeto é a articulação com outros projetos como é a participação no “Troca de Saberes” com o grupo de dança Micorrizas. Todos os elementos e ações desenvolvidas proporcionaram a permuta de saberes e experiências entre os participantes, lembranças e memórias outrora esquecidas e a valorização da identidade cultural de cada indivíduo. Ademais, os materiais corporais de cada um permitiram a construção de composições que foram apresentados à comunidade: no evento ‘Água que somos’ realizado no Terreiro De Café D'marias, em São Miguel do Anta; o processo de composição ‘D'Água’ apresentada no evento ‘Dança Viçosa” e na 1ª Mostra Interna do curso de Dança UFV, no espaço Fernando Sabino da UFV; participação na ‘Troca de Saberes’ com a intervenção artística e a instalação artístico-pedagógica ‘Fios D'água’. Entender o sentido de produzir uma dança a partir da cultura popular local é valorizar a história da mesma e tornar os indivíduos mais maduros e conscientes do corpo e de suas propriedades para expressão. É trazer à tona a identidade de um grupo e mostrar suas capacidades criativas, seus saberes, valores e práticas culturais tão ricas, mas carentes em reconhecimento cultural.
Palavras-chave Manifestação popular, corpo, identidade cultural.
Forma de apresentação..... Oral
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