Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6478

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Florestas e agroecossistemas
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Vagner Luiz Ribeiro
Orientador CARLOS CARDOSO MACHADO
Outros membros Arthur Araújo Silva, Jomar Silva Magalhães
Título Análise do desempenho operacional de um equipamento Harvester no corte florestal
Resumo O setor florestal brasileiro tem se desenvolvido e evoluído muito nos últimos anos, principalmente devido à crescente demanda de seus produtos. O sistema produtivo da madeira passa por várias etapas até chegar ao produto final, sendo que a colheita florestal merece destaque neste cenário devido ao seu grande impacto nos custos de produção, que podem responder por mais da metade do custo total. A colheita florestal pode ser definida como o conjunto de operações realizadas para se preparar e levar a madeira até o local de transporte, sendo constituída pelas etapas de corte, extração e carregamento (Machado, 2008). A operação de corte inclui atividades como o abate, desgalhamento e toragem da madeira, sendo que as máquinas utilizadas nesta etapa podem variar de acordo com o sistema de colheita. No Brasil o sistema mais utilizado é o sistema de toras curtas (cut-to-length), principalmente pelas empresas produtoras de celulose. Neste sistema as toras têm no máximo 6 metros de comprimento, sendo o harvester o equipamento responsável pelo abate e processamento das árvores, e o forwarder responsável pela extração da madeira até as margens da estrada ou pátio temporário. Por ser um processo oneroso em um projeto florestal, é importante que se mantenha um rigoroso controle sobre as etapas de colheita florestal, em especial sobre a operação de corte. Baseado nestas informações, o objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho operacional de um equipamento harvester na etapa de corte florestal. As observações de campo e coleta de dados foram realizadas durante as operações de colheita florestal em plantios comerciais de eucalipto no estado da Bahia. O equipamento utilizado no estudo foi uma escavadeira Volvo EC220DL adaptada com um cabeçote Ponsse H77Euca. O desempenho operacional do equipamento foi determinado por meio da análise das horas de trabalho (horas programadas, efetivas e paradas). Para isso realizou-se a medição dos tempos de parada operacional e mecânica das máquinas. Foram consideradas paradas operacionais interrupções relacionadas ao fator humano, como troca de turno, exercício físico e outros. Como paradas mecânicas foram consideradas as interrupções devido à indisponibilidade mecânica do equipamento, como manutenções preventiva e corretiva, abastecimento e lubrificação. Observou-se que a maior parte das paradas operacionais ocorreu devido à realização de exercícios físicos (25%), troca de material de corte (17%) e transporte da máquina (13%). Em relação às paradas mecânicas observou-se que se grande parte do tempo foi gasto aguardando-se a equipe de manutenção (44%), seguido de ações de melhoria realizadas no equipamento (18%) e manutenção corretiva (16%). Pode-se concluir com este estudo a importância da eficiência das equipes de manutenção no campo, com o objetivo de deixar o equipamento o máximo de tempo possível disponível à realização do trabalho, e, por consequência, atender a demanda de madeira da fábrica.
Palavras-chave colheita florestal, harvester, corte florestal
Forma de apresentação..... Painel
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