Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6473

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Tecnologia da madeira, celulose e papel
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, Outros
Primeiro autor Jéssica Dornelas Soares
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Amana de Magalhães Matos Obolari, Mateus Alves de Magalhães, Matheus Perdigão de Castro Freitas Pereira, Thaís Pereira Freitas
Título Propriedades mecânicas de pellets compostos por madeira de pinus e eucalipto.
Resumo A produção de energia no cenário mundial tem sido predominantemente obtida a partir de combustíveis fósseis, porém a busca por alternativas renováveis tem sido cada vez mais intensificada, por questões ambientais e econômicas. Uma das formas encontradas para viabilizar a utilização de biomassa para geração de energia tem sido a partir do uso de resíduos lignocelulósicos de origem vegetal na forma de pellets. A peletização consiste basicamente na aplicação de pressão à partículas com ou sem adição de ligantes ou tratamento térmico, gerando um produto sólido de maior densidade (VIDAL; HORA, 2011). A principal matéria-prima utilizada pelas empresas brasileiras atualmente é o pinus, devido a alta disponibilidade dessa biomassa na região sul do país onde estão localizadas a maior parte das empresas produtoras de pellets, porém, a matéria-prima mais disponível e com melhor distribuição em outras regiões do país é o eucalipto, dessa forma, a sua utilização se torna viável economicamente quando se pensa na expansão do mercado interno e externo. O objetivo do trabalho foi a produção de pellets com diferentes adições de madeira de Eucalyptus em substituição a madeira de Pinus e verificar sua adequação as normas de qualidade e comercialização da União Europeia. Os pellets foram produzidos a partir da mistura de partículas de madeira de Pinus com adições gradativas de 0, 25, 50, 75 e 100% de madeira de Eucalyptus, totalizando 5 tratamentos. Utilizou-se peletizadora laboratorial da marca Amandus Kahl, modelo 14-175, com capacidade para produção de 50 kg.h-1. Determinaram-se as propriedades mecânicas dos pellets produzidos, os quais foram classificados segundo a norma de comercialização DIN EN 14961-2 (2011). Houve uma correlação entre a durabilidade mecânica e a adição de eucalipto a massa de partículas na produção dos pellets, já o mesmo não ocorreu para geração de finos. A durabilidade mecânica mede a capacidade dos pellets em suportar a desintegração física, devido a impactos mecânicos durante o armazenamento e transporte enquanto que a geração de finos é a porcentagem de material que desintegra gerando poeira e podendo levar a explosão, além de, causar problemas nos queimadores. Os pellets produzidos com os maiores percentuais de madeira de pinus tiveram maiores valores médios de durabilidade mecânica. Isso se deve a menor granulometria das partículas de pinus utilizadas para produção dos pellets em relação às partículas de eucalipto, ou seja, maior a área de contato entre as partículas ocasionou uma maior adesão das mesmas, formando um produto mais compactado. Os tratamentos que apresentaram os menores valores de durabilidade mecânica foram aqueles que também apresentaram maior geração de finos. A quantidade de finos gerados, independente do tratamento, ficou abaixo do especificado pela norma alemã de 1% para pellets de madeira, já para durabilidade mecânica, nenhum dos tratamentos atendeu a especificação da norma, maior que 97,5%.
Palavras-chave Energia da biomassa, pellets, resíduos lignocelulósicos.
Forma de apresentação..... Painel
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