Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6460

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Samara Silveira Moreira
Orientador JOSE HUMBERTO DE QUEIROZ
Outros membros Angélica de Souza Gouveia, Bruna Leite Sufiate, Filippe Elias de Freitas Soares
Título Avaliação da produção de dextranase por fungos nematófagos
Resumo Dextranases (EC 3.2.1) são enzimas que hidrolisam ligações α-(1,6), α-(1,2), α-(1,3) e α-(1,4) em polissacarídeos de dextrana, sendo produzidas por fungos, bactérias e algumas leveduras. Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção de dextranase por seis diferentes fungos nematófagos: Pochonia chlamydosporia VC4, Monacrosporium sinense, Monacrosporium thaumasium, Pleurotus eryngii, Pleurotus ostreatus e Pycnoporus sanguineus. Os fungos foram cultivados em frascos erlenmeyer (250 ml) contendo 100 ml de meio de cultura líquido composto por dextrana 10 g/L, NaNO3 10 g/L, KH2PO4 4g/L, MgSO4.H2O 0,5 g/L, KCl 0,5 g/L, ZnSO4.7H2O 0,178 g/L, e FeSO4.7H2O 0,18 g/L. Os frascos contendo o inóculo foram mantidos sob agitação de 180 rpm e temperatura de 28 °C durante 10 dias. O conteúdo de cada frasco foi filtrado e centrifugado a 10.000 g por 20 minutos a 4°C obtendo-se o extrato bruto. As medidas de atividade de dextranase foram feitas em triplicata, avaliando-se a quantidade de açúcares redutores produzidos a partir da hidrólise da dextrana pelo método do ácido 3,5-dinitrosalicílico (DNS). A reação enzimática foi realizada utilizando-se 750 µL de solução tampão acetato de sódio 100 mM pH 5,2, 200 µL de solução de dextrana 1% e 50 µL de extrato bruto. Os reagentes foram incubados a 40°C durante 15 minutos. Em seguida, a reação foi paralisada pela adição de 1 ml do reagente de DNS e as amostras aquecidas por 5 minutos em banho-maria. Após o banho fervente, foram adicionados 2 mL de água a cada tubo de ensaio. As leituras de absorbâncias foram realizadas a 540 nm. A transformação dos valores de absorbância em quantidade de açúcar redutor foi realizada utilizando uma curva padrão de glicose, cuja concentração variou de 0,222 a 2,444 µmol/mL. Uma unidade (U) de dextranase foi definida como a quantidade de enzima que catalisa a liberação de 1 μmol de açúcar redutor por minuto nas condições do ensaio. Entre os seis fungos testados, a maior produção de dextranase foi observada para o fungo P. chlamydosporia VC4, com atividade de dextranase de 3,017 U/mL. Os fungos P. ostreatus, M. sinense, M. thaumasium, P. eryngii e P. sangineus apresentaram, respectivamente, atividade de dextranase de 0,276, 0,246, 0,214, 0,189 e 0,168 U/mL. Os resultados demonstram que o fungo P. chlamydosporia apresenta potencial para ser usado na produção de dextranases, abrindo novas perspectivas para o uso deste conhecido controlador biológico.
Palavras-chave Dextranase, produção, Pochonia chlamydosporia
Forma de apresentação..... Painel
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