Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6456

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Tiago de Melo Silva
Orientador MILENE CRISTINE PESSOA
Outros membros GIANA ZARBATO LONGO, Luciene Fátima Fernandes Almeida, Taiane Gonçalves Novaes, Wellington Segheto
Título Renda da vizinhança, fatores sociodemográficos e consumo regular de frutas e hortaliças em adultos do município de Viçosa-MG
Resumo A inadequação do consumo de frutas e hortaliças perpassa por questões individuais, socioculturais, econômicas, agrícolas e ambientais. O aumento do nível de renda das famílias gera aumento da participação de frutas e hortaliças no total de alimentos adquiridos. Assim, o objetivo deste estudo foi estimar a associação entre renda da vizinhança, variáveis socioeconômicas e demográficas dos indivíduos e consumo regular de frutas ou hortaliças em adultos de Viçosa-MG. Trata-se de estudo transversal, cuja amostragem foi realizada por conglomerados, sendo as unidades de primeiro estágio os setores censitários, e as de segundo estágio os domicílios. Foram sorteados por meio de amostragem casual simples, sem reposição, 30 setores censitários urbanos para o estudo dentre os 107 setores existentes em Viçosa. Os dados individuais foram obtidos por meio de questionário que contemplava questões demográficas, socioeconômicas e de consumo alimentar. A frequência semanal de consumo de frutas e hortaliças foi avaliada. O consumo de frutas ou hortaliças foi classificado como regular se maior ou igual a cinco vezes por semana e irregular se menor. Dados sobre renda média total dos setores censitários estudados foram obtidos por meio do Censo 2010, IBGE. A renda média dos setores censitários foi categorizada em tercis. A associação entre a renda da vizinhança, as variáveis individuais e o consumo regular de frutas ou hortaliças foi analisada por meio da regressão de Poisson com variâncias robustas. Foram estimadas razões de prevalência com seus respectivos intervalos de 95% de confiança. O nível de significância adotado nas análises foi de 0,05. A prevalência do consumo regular de frutas ou hortaliças foi de 73,72%. Foram independentemente associados a maior prevalência de consumo regular de frutas ou hortaliças o aumento da idade dos participantes (RP=1,004; IC95% 1,001-1,007), ser do sexo feminino (RP= 1,091; IC95% 1,021-1,176), ter alta escolaridade (RP=1,220 IC95% 1,032-1,443) e residir em setores censitários com maior renda (RP= 1,104; IC95% 1,001-1,218; RP= 1,153; IC95% 1,047-1,269, respectivamente para o segundo e terceiro tercis de renda). Conclui-se que o aumento da idade, sexo, escolaridade e residir em locais com maior renda possuem grande influência no consumo regular de frutas e hortaliças. Além dos fatores individuais, os fatores socioeconômicos da vizinhança podem influenciar na escolha dos alimentos. As condições materiais, incluindo a situação financeira , a privação social e vizinhança desfavoráveis podem dificultar a aquisição de alimentos saudáveis, como frutas e hortaliças.
Palavras-chave consumo alimentar, frutas e hortaliças, fatores sociodemográficos
Forma de apresentação..... Painel
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