Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6449

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Lingüística e semiótica
Setor Departamento de Letras
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Kariny Ranelli Tavares Dutra
Orientador RONY PETTERSON GOMES DO VALE
Outros membros Aline Souza dos Santos
Título Futebol, humor e discurso: Por uma categorização do riso na mídia esportiva impressa
Resumo Este trabalho tem por objetivo caracterizar tipos de riso que não o de zombaria/escárnio na mídia esportiva impressa através de uma análise imagética, linguística e discursiva de charges de humor de veiculação regional. Para isso, utiliza-se da Tipologia do Riso proposta por Vladimir Propp, a qual propõe tipos de riso que não apresentam a característica de derrisão (risos bom, alegre e ritual). Segundo esse autor, esses tipos de riso são dificilmente encontrados; por isso interessou identificá-los em um contexto onde a rivalidade é imanente, o que faz, muitas vezes, ser unânime a ideia de que o humor ligado ao esporte, sobretudo ao futebol, contém inerentemente a derrisão. Para identificar os tipos de riso que aparecem no corpus e então caracterizá-los, é preciso primeiro analisar as charges quanto a seus aspectos imagéticos, linguísticos e discursivos. Os aspectos imagéticos podem ser analisados de acordo com a semiótica de Roland Barthes; os estudos de Francis Vanoye contribuíram para uma análise do humor pela associação de imagem e mensagem linguística. A análise linguística pôde ser feita conforme os estudos de Vale (2009) sobre as piadas de almanaque: através de uma identificação das estratégias linguísticas estabelecidas por Sigmund Freud e Sírio Possenti. Por fim, a análise discursiva foi feita com base nas teorias de Patrick Charaudeau. Os resultados da análise discursiva são os mais significativos quanto a caracterização dos tipos de riso. As conivências identificadas - lúdica e de plaisanterie - nos contratos de comunicação estabelecidos nas charges analisadas corroboram para a formação de risos como bom, alegre e ritual, tipos de riso que, a priori, não apresentam derrisão. Dessa forma, é possível argumentar que a os risos sem derrisão são possíveis no Discurso Humorístico, ainda que em contextos de inerente rivalidade, como o caso do futebol no Brasil. Além disso, conclui-se que as estratégias imagéticas e linguísticas transpassam os tipos de riso, e, também, independem das conivências e efeitos visados pelo sujeito enunciador. Uma diferenciação dos tipos de riso a fim de uma tipologia do riso como sugestiona Propp pode ser feita sobretudo pelas estratégias discursivas.
Palavras-chave Análise do Discurso, Discurso Humorístico, Tipologia do Riso
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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