Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6439

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabriel Barbosa de Mélo Neto
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Adriano Honorato Freire, Danilo Manzini Macêdo, Fernanda Timbó D'El Rey Dantas, Jéssica Aparecida Guimarães, Lorena Chaves Monteiro, Marina Martins Santos, Pollyanna Cordeiro Couto
Título Mastite em caprinos: aspectos clínicos, laboratoriais e terapêuticos de animais atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa
Resumo O estado de Minas Gerais está na vanguarda da criação de caprinos leiteiros no Brasil, sendo responsável pela entrada de material genético de alta qualidade e propagador de tecnologias para o aprimoramento da produção leiteira. Com o aumento da capacidade produtiva destes animais, problemas como a mastite tornam-se rotineiros no rebanho. Sabe-se que esta enfermidade é responsável por grandes perdas econômicas, no que se refere a quantidade e a qualidade da produção de leite, aumentando o descarte de animais, podendo comprometer toda criação, além de ter papel significativo em saúde pública, uma vez que o leite e seus derivados são alimentos muito presentes na mesa dos brasileiros. Desta forma, conhecer as principais formas da doença e seus tratamentos é de fundamental importância. O objetivo do presente levantamento foi descrever os aspectos clínicos, laboratoriais e terapêuticos de cabras acometidas por mastite, atendidas no Hospital Veterinário da UFV (HOV/UFV). Foram atendidas cinco cabras, com idade entre um ano e sete meses a quatro anos, de aptidão leiteira, no setor de Clínica e Cirurgia de Ruminantes e Equínos do HOV-UFV, no período de 01/2015 a 06/2016. Três animais estavam na primeira semana pós-parto e dois no terço médio do período de lactação. Os animais apresentavam apatia (4/5), febre (3/5) e desidratação de 6-10% (5/5). Na avaliação do úbere, um animal apresentava aumento de volume, da temperatura local e da sensibilidade dolorosa, hiperemia, secreção láctea com grumos e coloração amarelada, característica de mastite clínica. Os demais pacientes apresentavam glândula mamária com áreas de coloração azul-arroxeadas de aspecto cianótico e frias, características de mastite gangrenosa, além de a secreção láctea apresentar aspecto serossanguinolento. Os principais achados do hemograma foram leucopenia com desvio à esquerda, basofilia citoplasmática em células da linhagem neutrofílica. O exame bioquímico revelou hirperfibrinogenemia e hipocalcemia. Dos quatro animais com mastite gangrenosa, um veio a óbito imediatamente após chegar ao HOV, enquanto aos demais foram tratados flunixin meglumine (2,2mg/kg), hidratação com Riger Lactato, dois receberam a associação ceftiofur (2,2 mg/kg) + gentamicina (6,6 mg/kg) e o outro enrofloxacina (2,5 mg/kg) . Adicionalmente, em dois animais foi realizado o tratamento cirúrgico. Por fim, dois animais foram encaminhados à eutanásia e apenas um se recuperou e teve alta clínica após sete dias. Para o animal com mastite clínica foi prescrito tratamento, na propriedade, com florfenicol sistêmico (20 mg/kg) e cefoperazona intramamário, flunixin meglumine (2,2 mg/kg) e hidratação com Ringer Lactato. Todos os animais que vieram a óbito estavam na primeira semana de lactação. Percebe-se, portanto, que a mastite é uma enfermidade de tratamento muito dispendioso e de insucesso recorrente, com severo comprometimento sistêmico, principalmente nos casos mais graves, como na mastite gangrenosa.
Palavras-chave cabras, mamite, gangrena
Forma de apresentação..... Painel
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