Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 6435

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Laís Miguelina Marçal da Silva
Orientador ANN HONOR MOUNTEER
Outros membros Gemima Santos Arcanjo
Título Fotocatálise heterogênea utilizando TiO2 para a degradação de corantes têxteis
Resumo O processo produtivo da indústria têxtil tem elevado consumo de água, gerando grande volume de efluentes líquidos. Alguns corantes usados no tingimento dos tecidos, quando lançados no corpo receptor, causam interferência nos processos fotossintéticos; toxicidade a algumas espécies aquáticas e apresentam potenciais carcinogênicos e mutagênicos. Dessa forma, efluentes têxteis necessitam de tratamento terciário, pois o tratamento biológico convencional tem baixa eficiência de remoção dos efeitos nocivos dos corantes. A fotocatálise heterogênea é um processo oxidativo avançado que se baseia na geração de espécies reativas para a degradação de compostos orgânicos. TiO2 é o semicondutor mais utilizado na fotocatálise e tem apresentado altas taxas de degradação e remoção de toxicidade de corantes. O objetivo do trabalho foi avaliar a degradação de azul de metileno (AM) e alaranjado de metila (LM), bem como a remoção ou o aumento da toxicidade aguda pelo processo TiO2/UV. Soluções individuais e combinadas de AM e LM (corantes em concentrações de 10 mg/L), sem ajuste de pH, foram agitadas com 0,1 g/L de TiO2por 30 min no escuro, para atingir equilíbrio e depois expostas por 140 mina luz UV fornecida por uma lâmpada de descarga de Hg de 125W. A remoção dos corantes foi determinada pela redução da absorbância a 665 nm e 464 nm, para AM e LM, respectivamente, e pela quantificação do carbono orgânico dissolvido (COD). A toxicidade aguda foi avaliada por meio do ensaio de imobilização de Daphnia similis e o resultado expresso como a concentração que causou efeito em 50% dos organismos-teste (CE50%), após 48h. Após 20 min de exposição à luz, tanto na solução individual quanto em mistura, mais de 80% do AM havia sido removido, sendo que para LM, essa eficiência de remoção só foi obtida após 60 min, devido à estrutura mais complexa do LM. As eficiências de remoção ao final dos testes foram de 99,9%, para AM e 99,0%, para LM, individualmente e de 99,2% para AM e 95,9% para LM, na mistura, mostrando que mesmo quando se tem uma mistura dos corantes, a remoção ainda é elevada. A remoção de COD foi de 44% para AM, 56% para LM e 30% para a mistura, evidenciando que mesmo com a remoção dos corantes, a mineralização não foi completa, e ainda, quando em mistura, a solução tornou-se mais recalcitrante, reduzindo a eficiência da remoção de matéria orgânica. A CE50% para AM foi de 4,5% (0,45 mg/L) aumentando para 36,4%, após a fotocatálise. LM não apresentou toxicidade aguda, mesmo após a fotocatálise. Para a mistura dos corantes, a CE50% foi de 2,9% (0,29 mg/L de cada corante), e após a fotocatálise de 28,3%. A fotocatálise heterogênea, utilizando TiO2, apresentou elevada eficiência na remoção dos corantes, tanto individualmente quanto em mistura, sendo que a mineralização foi afetada quando a solução se tornou mais complexa. Além disso, a fotocatálise reduziu a toxicidade das amostras, mostrando a viabilidade no tratamento de efluentes contendo corantes.
Palavras-chave Fotocatálise, corantes, dióxido de titânio
Forma de apresentação..... Painel
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