Resumo |
Associada a grande expansão do mercado de painéis, tem-se a procura por novos materiais, que mantenham a qualidade, que sejam mais viáveis economicamente e que possam gerar produtos com melhor desempenho mecânico. O Etileno Acetato de Vinila (EVA) pode ser uma alternativa para ser utilizado como material adicional na produção de painéis de partículas de madeira. Os painéis de madeira são estruturas fabricadas com madeiras em lâminas ou em diferentes estágios de desagregação que, aglutinadas pela ação de pressão, de temperatura e da utilização de adesivos, são novamente agregados. Há uma crescente busca por adesivos que, diferente do mais utilizados atualmente, não emanem formaldeído e apresentem preço acessível, como por exemplo, o adesivo à base de silicato. Portanto, esse trabalho tem como proposta avaliar as propriedades físicas e mecânicas de painéis de aglomerado de pinus com adição de etileno acetato de vinila (EVA), visando, sobretudo, manter a qualidade das propriedades mecânicas e melhorar as propriedades físicas do produto final, além de avaliar diferentes proporções de EVA na produção dos painéis e a viabilidade do uso de silicato de sódio como adesivo aglutinante das partículas. O experimento foi instalado seguindo um delineamento inteiramente casualizado, com 12 tratamentos e três repetições. Para a confecção dos painéis foram utilizadas partículas de Pinus sp., dois adesivos (uréia-formaldeído e silicato de sódio), duas especificações de Etileno Acetato de Vinila (EVA1 e EVA2), e três proporções de EVA (0%, 4% e 8%), totalizando 36 chapas de madeira aglomerada. Os resultados dos testes das variáveis foram submetidos à análise de variância (ANOVA), para comparação entre os tratamentos, a 5% de probabilidade. A comparação entre os tipos de EVA e a porcentagem de EVA utilizada foi feita por meio do teste Tuckey, a 5% de probabilidade, para cada tipo de adesivo. Foram determinadas a resistência à tração perpendicular, teor de umidade, densidade, resistência à flexão (módulo de elasticidade e módulo de ruptura), inchamento em espessura e absorção de água. Analisando-se os resultados, pôde-se concluir que painéis produzidos com adesivo à base de silicato de sódio possuem qualidade física e mecânica inferior quando comparados com os painéis produzidos com o adesivo ureia-formaldeído. A adição de EVA nos tratamentos com ureia-formaldeído diminuiu o teor de umidade e aumentou o módulo de ruptura e a resistência à tração perpendicular. A adição de 8% de EVA nos tratamentos com uréia-formaldeído e silicato de sódio diminuiu a porcentagem de inchamento no período de 2 horas. A adição de 8% de EVA 1 nos tratamentos com silicato de sódio diminuiu a porcentagem de absorção de água no período de 2 horas dos painéis. |